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ONU envia força de reação rápida após ataque que matou 19 no leste da RD Congo BR

Tropas de paz da Missão das Nações Unidas na RD Congo, Monusco, patrulham Ituri, para deter as atividades do grupo rebelde ADF.
Monusco
Tropas de paz da Missão das Nações Unidas na RD Congo, Monusco, patrulham Ituri, para deter as atividades do grupo rebelde ADF.

ONU envia força de reação rápida após ataque que matou 19 no leste da RD Congo

Paz e segurança

Encontros com o Exército congolês abordam envio de mais tropas para a região de Maliki no Kivu do Norte; situação é considerada mais calma após agitação em protestos nas cidades de Beni, Butembo e Goma.

As Nações Unidas despacharam uma força de reação rápida para o leste da República Democrática do Congo, RD Congo, após um ataque que na quarta-feira matou 19 pessoas na área de Maliki.

O atentado foi atribuído ao grupo rebelde Forças Democráticas Aliadas, ADF, na área da província do Kivu do Norte.

Em 15 de novembro de 2019, Leila Zerrougui, representante especial do secretário-geral da ONU, visitou Kitshanga, província de Kivu do Norte.
Em 15 de novembro de 2019, Leila Zerrougui, representante especial do secretário-geral da ONU, visitou Kitshanga, província de Kivu do Norte. Foto: Monusco

Tropas de Paz

A Missão das Nações Unidas na RD Congo, Monusco, informou que está coordenando o envio de mais forças em encontros com representantes do Exército congolês.

A Monusco também contou que reforçou suas tropas em Beni e Butembo apesar da situação estar mais calma após protestos realizados esta semana.

Agências de notícias informaram que os manifestantes bloquearam estradas alegando que forças do governo e tropas de paz não conseguiram evitar o ataque do ADF. Com a ofensiva foram danificados o prédio municipal e o complexo da ONU em Beni.

Movimentos

De acordo com agências de notícias, várias representações diplomáticas internacionais aconselharam o seu pessoal a se protegerem e a limitarem os movimentos.

A violência na RD Congo foi debatida no Conselho de Segurança da ONU a portas fechadas na terça-feira. Na reunião, a chefe da Monusco, Leila Zerrougui, destacou que o cenário no terreno era de “grande agitação”.

A representante disse ainda que o desafio da operação de paz era lidar com a fúria das pessoas e os ataques no leste do país, onde operam mais de 100 grupos armados.

Em Beni, na RD Congo, soldados da paz do Malawi vigiam uma aldeia antes de entrar para fazer patrulha.
ONU News/Joon Park
Em Beni, na RD Congo, soldados da paz do Malawi vigiam uma aldeia antes de entrar para fazer patrulha. 

Ebola

Zerrougui contou que este novembro houve cerca de 14 ataques que já causaram aproximadamente 80 mortos na região, que enfrenta o pior surto de ebola na história do país.

Mais de 2 mil pessoas morreram desde que o surto de ebola foi declarado em agosto passado.

ONU envia força de reação rápida para a República Democrática do Congo