Chefe da ONU quer fim imediato de confrontos no noroeste da Síria
António Guterres recordou a todas as partes envolvidas no conflito sobre obrigação de proteger civis; Nações Unidas estimam que nova operação militar em Idlib já deslocou cerca de 80 mil pessoas.
O secretário-geral das Nações Unidas disse estar profundamente preocupado com o aumento de ações militares no noroeste da Síria. António Guterres apelou às partes em conflito que ponham fim imediato da violência na região.
Em nota emitida pelo seu porta-voz, o chefe da ONU diz estar alarmado com a dimensão da operação militar e os relatos de ataques a rotas de evacuação no momento em que civis tentam fugir para o norte com segurança.
Fronteira
Agências de notícias informaram que os ataques aéreos em Idlib provocaram a fuga de dezenas de milhares de pessoas para a fronteira com a Turquia. Mais de 3 milhões de pessoas vivem na área controlada pelos rebeldes.
De acordo com os relatos das agências, as autoridades turcas já alertaram para o impacto da população refugiada em países da região. Estima-se que 3,7 milhões de refugiados sírios estejam vivendo em territórios turcos.
O secretário-geral lembra a todas as partes do conflito de suas obrigações de proteger civis e garantir a liberdade de movimento.
Civis
Segundo a organização, a recente escalada militar provocou dezenas de vítimas civis. Pelo menos 80 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas áreas de origem, incluindo 30 mil deslocados somente na última semana.
Guterres quer que o acesso humanitário seja “sustentado, desimpedido e seguro” para os civis. Ele apela ainda que seja garantido que os sírios cruzem as fronteiras para permitir a ação das Nações Unidas e seus parceiros humanitários no norte do país.
O chefe da ONU termina a nota destacando que não há solução militar para o conflito sírio e que a “única solução credível” para a situação é um processo político facilitado pela ONU, segundo a resolução do Conselho de Segurança.