Conselho de Segurança condena assassinatos de jornalistas no Mali
Profissionais franceses foram sequestrados e mortos em Kidal no sábado; órgão da ONU nota que jornalistas que trabalham em áreas de conflito armado precisam ser considerados civis e protegidos como tal.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
O Conselho de Segurança da ONU condenou o sequestro e assassinato de dois jornalistas franceses na cidade de Kidal, no Mali, no sábado.
Segundo agências de notícias, Claude Verlon e Ghislaine Dupont trabalhavam para a rádio RFI da França. Eles foram sequestrados por homens armados após finalizarem uma entrevista com um líder político local.
Proteção
Em nota, o Conselho de Segurança lembra que pela lei humanitária internacional, jornalistas e profissionais da mídia que trabalham em áreas de conflito armado são considerados civis e devem ser respeitados e protegidos como tal.
Os países que integram o órgão fazem novo apelo para todos os lados em conflito, para que cumpram com essas obrigações, incluindo a proteção de civis em conflito armado.
Investigação
O Conselho pede ainda ao governo do Mali que investigue o incidente e leve os responsáveis à justiça. Para o órgão, “atos de terrorismo são criminosos e injustificáveis”, independente de sua motivação ou quando e como foram cometidos.
O Conselho de Segurança reafirma seu apoio total à Missão da ONU no Mali, Minusma e às tropas francesas que trabalham na missão. Na nota, o órgão também envia condolências aos familiares dos jornalistas e ao governo da França.