Secretário-Geral condena assassinato de líder da oposição na Tunísia
Ban Ki-moon pede calma e destaca que atos de violência política enfraquecem instituições do Estado; Mohamed Brahmi, de 58 anos, foi assassinado a tiros na quinta-feira.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
O assassinato de um líder da oposição na Tunísia foi condenado pelo Secretário-Geral das Nações Unidas. Em nota, Ban Ki-moon lembra que este foi o segundo homicídio de uma “figura política proeminente” no país.
Mohamed Brahmi, de 58 anos, foi morto com pelo menos 11 tiros na quinta-feira. Segundo agências de notícias, ele foi assassinado ao tentar sair de sua carra de carro, em Ariana, perto da capital Túnis. Brahmi era membro do Parlamento e líder do partido liberal Movimento Popular.
Protestos
Em fevereiro, o assassinato do político da oposição Chokri Belaid causou vários protestos na Tunísia e levou à renúncia do premiê Hamadi Jebali. As agências de notícias destacam que a população também está protestando após a morte de Brahmi.
O Secretário-Geral da ONU pede calma e ressalta que “atos de violência política enfraquecem as instituições legítimas do Estado, que sustentam o processo democrático.”
Para Ban, não se deve permitir que o “ato hediondo” prejudique o progresso da Tunísia na transição democrática, incluindo a Constituição, e em relação às aspirações econômicas e sociais do povo.
O assassinato de Brahmi também foi condenado pela alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, que pediu investigação imediata e transparente do crime.