Iniciativa visa melhorar proteção de profissionais de comunicação contra ameaças e violência; organizar redes regionais de mídia e organizações da sociedade civil são algumas das ações prioritárias.
Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, condenou as 59 mortes de profissionais da imprensa, dois a mais que em 2019; na última década, 888 jornalistas perderam a vida somente pelo trabalho de informar.
Em comunicado, especialistas em direitos humanos citou “graves preocupações” com aumento de relatos de detenção em massa, intimidação e tortura, e pediu às autoridades do país que apurem uso da força e retaliação ilegal de protestos pacíficos; 25 jornalistas foram presos entre 15 e 16 de novembro.
Em 2015, policiais e forças de segurança impediram o trabalho de muitos profissionais durante manifestações populares em todo o mundo; no ano passado, houve 32 incidentes entre polícia e jornalistas; em nota separada, secretário-geral afirmou estar “horrorizado” com aumento e frequência de violência a jornalistas.
Comunicado cita 96 assassinatos de mulheres no exercício da profissão desde 1992; elas também sofrem ameaças de agressão sexual e estupro, além de ataques à credibilidade; Dubravka Simonovic citou “aumento alarmante” da violência de gênero durante pandemia.
A alta comissária, Michelle Bachelet, citou violações em ambos os países durante reunião do Conselho de Direitos Humanos; segundo ela, venezuelanos sofrem ainda consequências da crise; já na Nicarágua, ocorrem prisões arbitrárias e assédio de cidadãos que protestam contra o governo.
Alerta de especialistas da ONU e da OEA baseia-se em denúncias de profissionais atacados, perseguidos e detidos em serviço; relatores de direitos humanos indicam que militarização do policiamento e declarações de que os meios de comunicação são “o inimigo do povo” preocupam.
Em comunicado, Michelle Bachelet relatou casos de intimidação e até detenções em vários países contra órgãos de mídia independentes; para a chefe de Direitos Humanos, informação é vital para combater o novo coronavírus; e medidas são “pretexto” para censura.
Fidel Ávila Gómez, 34, foi encontrado morto no estado mexicano de Michoacán, um mês após desaparecimento; já o nigeriano Maxell Nashan foi assassinado após sequestro em meados de janeiro.
Este 3 de maio é o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa; tema do ano é relação entre jornalismo e eleições; secretário-geral disse que tecnologia é muitas vezes usada para enganar a opinião pública.