Inflação de alimentos cai na América Latina, afirma FAO
Tendência de baixa anual continua no Brasil, Bolívia e Paraguai; carnes vermelha e de frango foram as que tiverem maior impacto no índice de preços ao consumidor em março.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
A inflação geral e de alimentos na América Latina e Caribe diminuiu levemente em março, divulgou a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação.
Segundo a FAO, a inflação geral alcançou 6,3%, e a de alimentos, 8,3%. A desaceleração é observada a partir do último trimestre de 2011 em alguns países do bloco, incluindo Brasil, Colômbia, Haiti e El Salvador.
Carnes e Tomate
O informe mensal de preços da FAO aponta para a tendência de queda na inflação anual dos alimentos no Brasil, Bolívia, Colômbia, Paraguai e Peru. No Brasil, a inflação mensal de alimentos foi uma das menores do bloco: 0,2%.
A FAO indica que as carnes vermelha e de frango tiveram os maiores impactos sobre o índice de preços ao consumidor de vários países da região. O aumento nos preços do tomate e do limão também foi observado em março. Na Bolívia, o tomate aumentou mais de 25% e na Argentina, 13%.
Variações
Os consumidores da Costa Rica observaram subida de 32% no preço do limão – aumento que ocorreu também no Uruguai, onde o limão teve alta de 19%.
De acordo com a FAO, o Índice de Preço dos Alimentos permaneceu estável em março, com um aumento de apenas 0,2% na comparação com fevereiro.
A agência explica que as variações de preços entre grupos de alimentos resultam na estabilidade do índice. Enquanto o valor dos azeites e óleos aumentou em média 2,6% na América Latina, o preço dos produtos lácteos caiu em porcentagem similar.