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Inflação de alimentos na América Latina tem menor nível em dois anos BR

Inflação de alimentos na América Latina tem menor nível em dois anos

Segundo a FAO, região teve 0,1% de inflação em junho, causada principalmente pela queda no preço das frutas; nenhuma variação foi registrada no Brasil.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

A inflação mensal de alimentos na América Latina e Caribe registrou o nível mais baixo em dois anos, ficando a 0,1% em junho. O cálculo é da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO.

Segundo o Informe Mensal de Preços da FAO, a queda significa que a taxa da inflação alimentar ficou abaixo da inflação geral, de 0,5%, pela primeira vez em mais de um ano.

Brasil

A queda do preço das frutas contribuiu em grande parte para conter o valor dos alimentos na região e em alguns casos, houve inclusive variação negativa no índice de preço dos alimentos.

O Brasil e a Colombia foram países que não registraram nenhuma variação nas taxas de inflação alimentar em relação a maio. Argentina, Bolívia, Paraguai e Peru tiveram taxas de inflação levemente mais altas.

O Chile teve um aumento de mais de 1% na inflação alimentar no mês de junho, a maior variação neste ano.

Batata e Cebola

A batata e a cebola foram os alimentos que tiveram a maior subida de preço na América Latina e Caribe. Por outro lado, houve queda nos valores do limão e do tomate.

Na Bolívia e na Costa Rica, o preço da batata chegou a variar entre 3,7% e 11,8%, respectivamente. No Chile, o consumidor também pagou mais caro pela batata, mais de 11%. Já no Uruguai, o valor do tubérculo diminuiu quase 20%.

A cebola foi o produto de maior variação de preços na Nicarágua, com aumento de 11,9%, enquanto na Argentina a cebola ficou 4,1% mais barata.

O tomate impulsionou baixas de preços na Bolívia, Costa Rica, Guatemala e México. Também no México, o valor do limão caiu mais de 33%.