Alto comissário da ONU vai ao Sudão após subir número de refugiados etíopes BR

Filippo Grandi está em Cartum, capital do país, para acompanhar operações do Acnur e a situação das pessoas que fogem dos combates em Tigray, região no norte da Etiópia; confrontos estão se intensificando na área entre tropas nacionais e locais; agência pretende enviar quatro aviões com donativos ao Sudão.
A violência, em Tigray, no norte da Etiópia está causando uma grande leva de refugiados para o Sudão. Nas últimas semanas, mais de 43 mil pessoas cruzaram a fronteira à procura de abrigo e proteção.
Nesta sexta-feira, o chefe da Agência da ONU para Refugiados, Acnur, chegou ao país para avaliar a resposta do Acnur apoiada pelo governo.
Filippo Grandi também deve se reunir com refugiados no local. Mesmo antes dos combates entre tropas locais e nacionais na Etiópia, o Sudão já abrigava quase 1 milhão de refugiados, a maioria do Sudão do Sul.
O Acnur está aumentando sua atuação no leste do Sudão em parceria com a Comissão sobre Refugiados do país e autoridades locais.
A ajuda está sendo mobilizada para os que fogem da violência. Quase metade são crianças.
Até agora, a agência da ONU ajudou a realocar quase 10 mil refugiados para o acampamento de Um Rakuba, que fica a 70km da fronteira. Mais tendas estão sendo colocadas no local assim como a instalação de serviços básicos.
Muitos refugiados que chegaram separados de suas famílias estão recebendo ajuda para reencontrá-las por meio de serviços de rastreamento de pessoas, montado pelo Acnur.
Nesta sexta-feira, um avião com 32 toneladas de ajuda de emergência aterrissou em Cartum, e uma outra aeronave com mais 100 toneladas de donativos deve chegar à capital sudanesa na segunda-feira. O plano é enviar quatro aviões que sairão de Dubai.
Os refugiados deverão receber cobertores, lamparinas, mosquiteiros, tendas e armazéns pré-fabricados.
O objetivo é atender 16 mil pessoas. A preocupação em Tigray é com a segurança dos civis que se encontram no meio do conflito. Somente em Mekelle, capital da região, existe, mais de 500 mil pessoas.
O Acnur continua preocupado com a situação humanitária. Pelo menos 96 mil eritreus refugiados já deverão ficar desprovidos de alimentos na segunda-feira, caso agências humanitárias não consigam chegar ao local.