Covid-19 pode ser causa indireta de 51 mil mortes infantis no Oriente Médio e Norte da África
Faltam serviços de saúde e nutrição na região que ainda conta com baixo cumulativo de infetados pela Covid-19; Unicef e OMS relançam iniciativas para envolver comunidades em sensibilização, prevenção e controle de infeções.
Sobrecarga do pessoal de saúde, bloqueios, restrições de movimento e barreiras econômicas devido à Covid-19 podem levar à morte de 51 mil menores de cinco anos no Oriente Médio e Norte da África ainda em 2020.
O total de crianças equivale a um aumento de quase 40% em óbitos, se comparado ao momento anterior à pandemia. Este cenário pode reverter os progressos regionais na sobrevivência infantil em quase duas décadas, alertam o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, e a Organização Mundial da Saúde, OMS,
Portal Coronavírus com Atualizações
Usuários podem encontrar informações e diretrizes sobre o novo coronavírus, covid-19. As últimas notícias da ONU, da Organização Mundial da Saúde e das agências das Nações Unidas. Para atualizações diárias da ONU News, clique aqui.Pressão
Em carta emitida em Amam, na Jordânia, as duas agências da ON indicam que estas crianças devem sofrer com a pressão que acontece nos sistemas da saúde e, principalmente, na área de atenção primária.
O documento assinado pelo diretor regional do Unicef para o Oriente Médio e Norte da África, De Ted Chaiban, e o diretor regional da OMS Ahmed Al-Mandhari, para o Mediterrâneo Oriental aponta vários receios e incertezas.
Nos serviços de saúde, muitos funcionários temem contrair o vírus durante sua atividade. Com isso, crianças e mães podem perder serviços de prevenção como imunização, tratamento de infeções neonatais e da infância. Outras áreas a serem afetadas são cuidados durante a gravidez, parto e outros serviços.
Ainda que os casos de Covid-19 não sejam muito altos, o receio é que a atual interrupção dos serviços essenciais de saúde e nutrição faça aumentar a desnutrição infantil.
Para evitar esse cenário, as agências querem retomar campanhas de vacinação completa e segura, ligadas aos serviços de nutrição. Nessas atividades será exigido mais rigor na precaução para prevenir infecções, uso de equipamentos de proteção individual, desencorajar a superlotação e promover o distanciamento,
Com pessoal e suprimentos adicionais, as duas agências querem priorizar e facilitar o acesso aos serviços de atenção a crianças, especialmente as mais vulneráveis.
Outra ideia é aumentar a sensibilização das comunidades em toda a região sobre o que é preciso para prevenção e controle de infeções, além de iniciativas públicas de comunicação e engajamento.