Ameaça de covid-19 faz diretor-geral da FAO despachar de casa por duas semanas BR

Qu Dongyu, chefe da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, compareceu a evento no Vaticano, onde um dos funcionários da Pontifícia Academia para a Vida foi diagnosticado com a doença; Qu informou que trabalhará a distância assim como outros sete funcionários de sua comitiva.
O aumento de casos do covid-19 na Itália mudou a rotina de trabalho de uma das maiores agências da ONU no país, a Organização para Alimentação e Agricultura, FAO, com sede em Roma.
Nesta segunda-feira, em comunicado, o diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, informou que despachará, durante duas semanas, de casa assim como sete outros funcionários de sua comitiva.
O motivo foi a visita do grupo a um evento da Pontifícia Academia para a Vida, no Vaticano, de 26 a 28 de fevereiro.
Um dos funcionários da Academia foi diagnosticado com a nova cepa do coronavírus levando o chefe da FAO e a demais pessoas que tiveram contato com o paciente a uma quarentena voluntária.
A FAO informou que está tomando medidas de precaução há um mês com base em diretrizes e protocolos da Organização Mundial da Saúde, OMS, e das autoridades italianas.
Vários funcionários que estão em zonas de alto risco de contaminação com o vírus já foram autorizados a trabalhar de casa.
A quarentena do próprio chefe da FAO e sua equipe deve terminar em 14 de março.
O Serviço Médico da agência também está oferecendo apoio aos funcionários e checando a temperatura diariamente.
Durante uma reunião internacional sobre biodiversidade, em Roma, cerca de mil pessoas tiveram suas temperaturas checadas com o apoio também da organização Cruz Vermelha. Esse controle tornou-se obrigatório a todos os funcionários e também visitantes.
A agência também decidiu cancelar ou adiar várias reuniões com grande número de participantes, que estavam programadas para o fim do mês passado e este mês.
Até mesmo as comemorações para o Dia Internacional da Mulher passaram a um formato virtual para evitar o risco de contaminação.
Os funcionários também estão sendo aconselhados a manterem distância física de seus interlocutores, em elevadores, cantinas e outras áreas compartilhadas.
A mesma orientação está sendo dada a fornecedores da agência, a quem foi pedido tomar medidas de precaução.
A FAO pediu ainda a todos os seus escritórios pelo mundo que revejam os planos de viagem. Após o fechamento de todas as escolas na Itália, muitos funcionários que têm filhos puderam trabalhar de casa.
A agência informou que permanecerá vigilante e monitorando a situação causada pelo covid-19.