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OMS lança campanha para redes sociais sobre como enfrentar o covid-19 BR

Pessoas usam máscaras de proteção no Aeroporto Internacional de Chengdu Shuangliu, na China.
Foto: ONU News / Jing Zhang
Pessoas usam máscaras de proteção no Aeroporto Internacional de Chengdu Shuangliu, na China.

OMS lança campanha para redes sociais sobre como enfrentar o covid-19

Saúde

Organização Mundial da Saúde diz que todos devem se preparar para evitar a nova cepa do coronavírus; OMS afirma que “em alguns países o nível de comprometimento político e ações correspondentes não condizem com nível de ameaça que todos” estão experimentando.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, lançou uma nova campanha para as redes sociais chamada “Be Ready para o Covid-19” ou “Esteja Preparado para o Covid-19”.

A agência da ONU pediu a todas as pessoas que busquem se proteger e que ajam de forma inteligente e com base em informações seguras.

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Informações

Durante o briefing diário a jornalistas, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, contou que “as pessoas têm medo, e isso é normal.” Mas, segundo ele, “esse medo pode ser gerenciado e moderado com informações precisas.”

Ele aconselhou àqueles sobrecarregados pelo medo a procurarem ajuda a se informarem sobre os “os planos de resposta a emergências em suas comunidades.”

Casos

De acordo com a última atualização da OMS, até a manhã desta quinta-feira, em Genebra, haviam sido confirmados 95.265 casos do covid-19 em todo o mundo e 3.281 mortes.

Nas últimas 24 horas, a China registrou 143 novas infecções. A maioria continua sendo notificada na província de Hubei, mas outras oito províncias do país não apresentaram nenhum caso nos últimos 14 dias.

Fora da China, existem 2.055 casos em 33 países. Cerca de 80% dessas incidências continuam sendo em apenas três nações: Coreia do Sul, Irã e Itália. 

Tedros destacou sinais “encorajadores na República da Coreia” porque o número de casos confirmados, recentemente, no país “parece estar diminuindo”. E as novas notificações surgem principalmente em grupos conhecidos.

O chefe da OMS contou que 115 países permanecem livres da doença, e 21 nações têm apenas um caso cada. Para ele, a “epidemia pode ser evitada, mas apenas com uma abordagem coletiva, coordenada e abrangente que envolve todo o mecanismo do governo.”

Ações

A OMS fez um apelo a todos os países a agirem “com rapidez, abrangência e determinação”.  

Tedros afirmou que “esta epidemia é uma ameaça para todos: ricos e pobres”, e que a “solução é a preparação agressiva.” Ele afirmou que existe uma certa preocupação de “que alguns países ou não estejam levando isso a sério o suficiente ou decidiram que não há nada que possam fazer.”

O diretor-geral afirma que a agência está preocupada que “em alguns países o nível de compromisso político e as ações que demonstram esse comprometimento não correspondam à escala da ameaça que todos” enfrentam. Ele lembrou que essa “não é uma simulação”, que “não é hora para desistir”, e que “não é hora para desculpas”.

Governos

Tedros Ghebreyesus afirmou que “os países planejam cenários como esse há décadas” e que agora é a hora para colocar estes planos em ação.

Para ele, todos devem participar nos governos, “não apenas o Ministério da Saúde”, mas também, setores da Segurança, da Diplomacia, das Finanças, do Comércio etc.

A OMS recomenda aos países instruírem o público, aumentando a capacidade de testes, preparando hospitais, e verificando a existência de suprimentos essenciais, além de treinamentos de agentes da saúde.

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Tedros afirmou que “se os países agirem com determinação para encontrar, isolar e tratar casos e rastrear todos os contatos”, eles “poderão mudar a trajetória dessa epidemia.”

O líder da OMS finalizou dizendo que todos são responsáveis por reduzir o “próprio risco de infecção”. E quem estiver infectado por reduzir o “risco de infectar outras pessoas.” Para ele, esse é um assunto de todos, e vidas poderão ser salvas se todos ajudarem.

Unesco

De acordo com a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, até este 4 de março, 22 países em três continentes anunciaram ou implementaram o fechamento de escolas. Apenas duas semanas atrás, medidas do tipo estavam sendo utilizadas somente na China.

Desde então, 13 Estados fecharam escolas impactando 290,5 milhões de crianças e jovens em escolas pré-primárias e secundárias. Outros nove países suspenderam as aulas em alguns locais para impedir ou conter o covid-19.

Em resposta à situação, a Unesco está apoiando a implementação de programas de ensino a distância, em larga escala, e recomendando aplicativos e plataformas educacionais para alcançar os alunos. A organização está compartilhando bons exemplos para alavancar tecnologias móveis com custos baixos para ensino e aprendizado a fim de atenuar as interrupções escolares.