OMS diz que combate ao ebola na RD Congo continua apesar de “ameaças violentas”
A Organização Mundial da Saúde, OMS, revelou que a insegurança continua afetando as operações de combate ao ebola na República Democrática do Congo, RD Congo.
Desde o início do surto em agosto passado, 2.284 pessoas foram contaminadas com o vírus e 1.540 morreram.
Violência
O diretor-geral assistente de Respostas de Emergências, Ibrahima Soce Fall, disse que o importante trabalho de fazer o acompanhamento das pessoas potencialmente infectadas com o vírus continua, apesar de “ameaças violentas.”
As operações foram suspensas em Beni durante dois dias devido à violência, mas já recomeçaram. Em outros locais, continuam as ameaças contra os trabalhadores de saúde, que são protegidos por seguranças.
Nas províncias mais afetadas pelo vírus, Kivu do Norte e Itúri, a situação continua “a um ritmo estável.”
Algumas regiões, depois de vários dias sem novos casos, estão confirmando novas infeções. Em 21 dias, foram registados 252 novos casos da doença. O número de trabalhadores de saúde infectados também tem aumentado.
Uganda
No Uganda, depois do caso de uma família que perdeu três pessoas devido ao ebola, começou uma campanha de preparação para um surto. Mais de mil pessoas já foram vacinadas e outras 100 que tiveram contato com as vítimas são monitoradas.
Esta semana, o país recebeu a visita da diretora regional para África da OMS, Matshidiso Moeti.
A representante disse que “houve muito investimento na preparação” e que a resposta “conseguiu mobilizar muita capacidade, trabalhar com muitos parceiros e todas as áreas de intervenção necessárias foram postas em prática.” Moeti contou que a agência está “muito otimista de que esta é uma resposta muito eficaz.”
O Uganda tem 900 quilômetros de fronteira com a RD Congo. Com o apoio da OMS e parceiros, o país treinou mais de 16 mil líderes comunitários e voluntários em zonas remotas de fronteira para identificar sintomas, prestar cuidados médicos a potenciais pacientes e alertar as autoridades.
Na semana passada, a OMS decidiu que o surto ainda não é uma emergência médica internacional.