Surto de ébola: Uganda tem primeiros casos de transmissão fora da RD Congo

Organização Mundial da Saúde confirmou morte de menino de cinco anos e outros dois casos; reunião de emergência foi convocada para 14 de junho, sexta-feira, para decidir se surto é emergência de saúde pública internacional.
O Ministério da Saúde do Uganda e a Organização Mundial da Saúde, OMS, confirmaram esta quarta-feira a morte de um menino de cinco anos com ebola no país. A avó da criança e o irmão de três anos também contraíram o vírus.
Segundo a OMS, estes são os primeiros casos da doença confirmados fora da República Democrática do Congo, onde um surto começou em agosto de 2018. Até 10 de junho, 2071 pessoas tinham contraído a doença e 1396 tinham morrido.
Following the spread of #Ebola to #Uganda from #DRC, I am reconvening the IHR Emergency Committee on 14 June in Geneva to ascertain whether the outbreak constitutes a public health emergency of international concern. This will be the 3rd meeting of the committee on this outbreak. pic.twitter.com/tchEuKmu6k
DrTedros
A família afetada viajou da RD Congo no dia 9 de junho. Entraram no país através do posto fronteiriço de Bwera e procuraram assistência médica no hospital de Kagando.
A criança recebeu tratamento na Unidade de Tratamento de Ébola do Hospital Bwera. A avó e irmão estão sendo tratados no mesmo local.
Esta quarta-feira, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, convocou uma reunião do Comité de Emergência para 14 de junho, sexta-feira.
No encontro, deve ser decidido se o surto constitui uma emergência de saúde pública internacional e que recomendações devem ser feitas.
A OMS teve encontros semelhantes a 17 de outubro de 2018 e 12 de abril de 2019, tendo decidido que não existiam dados suficientes para declarar uma emergência internacional.
O último surto, na província de Kivu Norte, foi declarado a 1 de agosto de 2018. Este é o décimo surto da doença nos últimos 40 anos na RD Congo.
Neste momento, nenhuma medida especial de saúde se aplica para visitantes da RD Congo e Uganda.
Apesar disso, a OMS diz que todos os viajantes devem cumprir os protocolos de triagem de saída destes países. Pessoas que fiquem doentes nos 21 dias após a viagem devem telefonar para o serviço médico local e informar sobre os sintomas e para onde viajaram.