Marcus Miller: “Temos de nos unir e ajudar irmãos e irmãs em Moçambique”

No Dia Internacional do Jazz, o conceituado músico americano lança um apelo para ajudar oa país; Artista para a Paz da Unesco considera a situação “realmente terrível”, em mensagem exclusiva para a ONU News.
O consagrado músico americano Marcus Miller fez um apelo para que as pessoas ajudem Moçambique, depois de o país ter sido atingido pelos ciclones Idai e Kenneth. O pedido foi feito no Dia Internacional do Jazz, marcado este 30 de abril.
Em mensagem exclusiva para a ONU News, o Artista para a Paz da Organização da Agência das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, Unesco, diz que “a situação em Moçambique, na África Austral, é realmente terrível.”
Miller diz que os moçambicanos “acabaram de ser atingidos pelo segundo ciclone arrasador em seis semanas.” Segundo ele, “há cheias em todo o lado e cerca de 750 pessoas perderam suas vidas.”
Na quinta-feira, 25 de abril, a província de Cabo Delgado foi atingida pelo ciclone Kenneth. As Nações Unidas colocaram US$ 13 milhões ao dispor de agências humanitárias para os afetados nas ilhas Comores e em Moçambique.
O músico afirma ainda que “todas as colheitas foram destruídas, por isso é difícil encontrar comida” e que é preciso que as pessoas possam “fazer o que poderem para apoiar” às vítimas.
Miller diz ainda que se deve “visitar a Cruz Vermelha ou muitas outras agências humanitárias que podem ajudar” e termina a mensagem com um apelo: as pessoas têm “mesmo de se unir e ajudar os irmãos e irmãs em Moçambique.”
Miller é um músico, compositor e produtor norte-americano que foi nomeado Artista para a Paz da Unesco em 2013. O artista também foi porta-voz do Projeto Rota de Escravos, da mesma agência.
O músico recebeu duas vezes o prêmio Grammy e gravou mais de 500 músicas, em álbuns de estilos tão diferentes como jazz, R&B e ópera.
Ao longo de sua carreira, trabalhou com artistas lendários como o Embaixador da Boa Vontade Miles Davis, Herbie Hancock, Wayne Shorter e Eric Clapton.
Estabelecido em 2011, o Dia Internacional do Jazz pretende “celebrar a arte do jazz, destacando o seu papel importante no incentivo ao diálogo, no combate à discriminação e na promoção da dignidade humana.”
Esse ano, o Hammer Hall, em Melbourne, na Austrália, foi escolhido para acolher o concerto que marca a data com artistas de todo o mundo. Chico Pinheiro, do Brasil, é um dos participantes.
Na sua página no Facebook, o brasileiro disse que está “ansioso por partilhar o palco com artistas tão incríveis, sobretudo em um evento tão bonito e especial.”
Também na Austrália, a cidade de Mount Gambier organiza este fim de semana o festival de jovens “Gerações em Jazz”. Segundo a Unesco, devem participar mais de 6 mil estudantes universitários e será o maior festival juvenil de jazz do mundo.
A agência diz que milhares de eventos em todo o mundo vão marcar a data. Segundo a agência, “a maioria das atividades vão se focar na educação e impacto comunitário, beneficiando milhões de estudantes, acadêmicos, músicos profissionais e amentes de música em todo o lado.”