Portugal está profundamente preocupado com “violação de direitos humanos na Venezuela”
Governo português apela também que populações tenham acesso a ajuda humanitária; secretária de Estado apresentou em Genebra prioridades para promoção de direitos humanos; país espera que retoma de diálogo permita paz duradoura no Iémen.
Portugal está profundamente preocupado com a situação que se vive na Venezuela. Em discurso durante o segmento de alto nível do Conselho de Direitos Humanos, em Genebra, a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação do país, Teresa Ribeiro, deixou um apelo para que os venezuelanos possam ter acesso a ajuda humanitária.
“A situação na Venezuela onde se assiste à reiterada violação dos direitos humanos e à deterioração acelerada da situação humanitária preocupa-nos profundamente. Deixamos, por isso, um apelo para que seja garantido que as populações tenham acesso à ajuda humanitária de que tanto necessitam.”
Solução Pacífica
O governo português em linha com a posição da União Europeia apelou no dia 26 de janeiro de 2019 à realização de eleições presidenciais livres e transparentes de acordo com as práticas democráticas internacionalmente aceites.
Portugal acredita que só assim será ultrapassado o vazio político resultante da “ilegitimidade do processo eleitoral de maio de 2018 e do consequente impasse político e da profunda crise social”. Para a responsável a situação da Venezuela “só pode ter uma solução pacífica.”
Prioridades
Identificando as prioridades de Portugal na área dos direitos humanos, a secretária de Estado explicou que será dada especial atenção à violação dos direitos humanos e do direito internacional humanitário no Mianmar, na Síria, Sudão do Sul, Coreia do Norte. Também a situação do Iémen será acompanhada de perto.
“O sofrimento de um país e de um povo a braços com a maior crise humanitária da atualidade que afeta milhões de pessoas não pode deixar-nos indiferentes. Portugal espera que a retoma do diálogo político entre as partes envolvidas no conflito culmine num acordo de paz duradoura.”
Teresa Ribeiro terminou a sua intervenção referindo ainda a recente escalada de violência nos territórios palestinianos, destacando que o impacto que esta violência tem nas crianças é especialmente preocupante.