PMA quer evitar catástrofe humanitária na República Centro-Africana
Agência da ONU afirma que o país precisa de ajuda urgente da comunidade internacional; autoridades disseram que com a continuidade da violência, dos deslocamentos internos e do quase colapso da economia a crise de alimentos está a piorar.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
O Programa Mundial de Alimentação, PMA, alertou esta sexta-feira que a República Centro-Africana precisa urgentemente de ajuda da comunidade internacional para evitar uma catástrofe humanitária.
Segundo a agência da ONU, com a continuidade da violência, dos deslocamentos internos e do quase colapso da economia, o país regista um agravamento da crise nutricional e alimentar.
Situação
O PMA anunciou que necessita de US$ 70 milhões para manter as operações além deste mês de março.
A expectativa das autoridades é que a situação venha a poirar já que a economia está em mau estado e o comércio e os transportes representam apenas uma fração do que eram anteriormente.
O PMA explica que a maioria da comunidade muçulmana, responsável pelo comércio, fugiu da República Centro-Africana desde o agravamento dos ataques em dezembro.
Impacto
Além disso, o impacto da crise está a espalhar-se por toda a região. A diretora-executiva do PMA, Ertharin Cousin, disse que 296 mil refugiados centro-africanos estão abrigados em países vizinhos.
São 134 mil nos Camarões, 86 mil no Chade, 63 mil na República Democrática do Congo e outros 13 mil na República do Congo.
A agência da ONU diz que apesar da insegurança, conseguiu distribuir alimentos para 227 mil pessoas em fevereiro e a meta é atingir 300 mil pessoas este mês.
*Apresentação: Eleutério Guevane.