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ONU preocupada com prisões de jornalistas e ativistas no Irã BR

ONU preocupada com prisões de jornalistas e ativistas no Irã

Grupo inclui diretor de jornal, chefe da agência estatal de notícias e a chefe do escritório da agência Reuters em Teerã, entre outros.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

O Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas afirmou que está “seriamente preocupado” com relatos de prisões de jornalistas, ativistas e defensores dos direitos humanos no Irã.

Todas as detenções ocorreram nas últimas duas semanas. Para o porta-voz da alta comissária da ONU, Rupert Colville, as prisões parecem ser uma repressão a vozes críticas no país.

Prêmio Nobel da Paz 

Colville destacou a detenção de um dos mais importantes advogados de direitos humanos e co-fundador do Centro de Defensores de Direitos Humanos, que é co-presidido pela ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, Shirin Ebadi.

Ali Dadkhah foi indiciado por “pertencer a uma associação que tenta derrubar o governo iraniano com propaganda política contra o sistema.” Esta foi a razão dada para para a prisão.

Ele foi sentenciado a nove anos. Na quarta-feira passada, o diretor do jornal independente Daily Shargh, Mehdi Rahmanian, foi preso por publicar uma charge. O cartunista também foi intimado a depor.

Redação Suspensa

No mesmo dia, o chefe da imprensa do presidente Mahmoud Ahmadinejad e diretor da agência estatal de notícia, Ali Akbar Javanfekr foi detido para um período de seis meses. Neste caso, ele “teria insultado o líder supremo do Irã.”

A chefe da agência Reuters, em Teerã, também foi indiciada por “espalhar mentiras e propaganda política”, segundo a justificativa. A detenção de Parisa Hafezi ocorreu ao mesmo tempo em que toda a redação era suspensa dos trabalhos.

Para o Escritório de Direitos Humanos da ONU, a prisão de jornalistas é um fato preocupante especialmente antes das eleições presidenciais de 2013, no Irã. O porta-voz pediu a libertação imediata de todos os detidos.