ONU perdeu 34 trabalhadores em ataques maliciosos em 2018
Missão das Nações Unidas no Mali teve o maior número de mortos em serviço pelo quinto ano consecutivo; total de incidentes ocorridos durante o período está entre os mais baixos desde 2012.
Pelo menos 34 funcionários e pessoas associadas às Nações Unidas foram mortas em ataques maliciosos enquanto prestavam serviços no mundo em 2018.
Deste número, 26 eram soldados de paz e oito civis, revela o relatório do Comitê Permanente para a Segurança e Independência da Função Pública Internacional do Sindicato dos Trabalhadores das Nações Unidas.
Soldados
O documento anual revela ainda que a taxa de incidentes ocorridos em 2018 está entre as mais baixas dos últimos cinco anos. O número corresponde a menos da metade dos 71 casos fatais que aconteceram em 2017.
No ano passado, a Missão das Nações Unidas no Mali, Minusma, foi a que teve o maior número de pessoas que morreram prestando serviço para a ONU. Foram 11 soldados da força de paz que perderam a vida em campo, pelo quinto ano seguido em que a operação de paz está à frente em termos de lugares com mais casos fatais.
Monusco
A posição seguinte é ocupada pela Missão da ONU na República Democrática do Congo, Monusco, com oito soldados de paz mortos. A terceira operação de paz que teve mais mortos foi a da República Centro-Africana, com sete soldados.
De acordo com o estudo, pelo menos 344 pessoas associadas às Nações Unidas morreram em ataques maliciosos e deliberados que aconteceram desde 2012.
A presidente do Sindicato dos Funcionários das Nações Unidas, Bibi Sherifa Khan, disse que o pessoal da organização realiza seu trabalho em lugares “que estão entre os mais perigosos do mundo”.
A representante destacou que qualquer corte no orçamento das operações de manutenção da paz aumentaria os perigos enfrentados pelos trabalhadores desse setor e colocaria em risco as metas e objetivos da organização.
Bibi Sherifa Khan quer que, ao enviar funcionários para trabalhar em zonas de conflito, a ONU garanta, junto com os Estados-membros, “que existem recursos necessários e que os responsáveis pelos ataques sejam levados à justiça”.