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Banco Mundial: após aumento, preços das matérias-primas devem se estabilizar em 2021 BR

Quase todas as matérias-primas já estão com valores acima dos registrados antes da pandemia
© MSC shipping
Quase todas as matérias-primas já estão com valores acima dos registrados antes da pandemia

Banco Mundial: após aumento, preços das matérias-primas devem se estabilizar em 2021

Desenvolvimento econômico

Exceção é o preço das commodities agrícolas, que deve estancar no próximo ano; novo relatório destaca que custos de energia devem aumentar mais de um terço acima dos de 2020. 

Após os aumentos do primeiro trimestre de 2021, os preços das matérias-primas devem se estabilizar em todo o mundo. E, pelo resto do ano, devem ficar próximos aos níveis atuais. A estimativa é do relatório semestral Perspectivas dos Mercados de Commodities, divulgado pelo Banco Mundial na terça-feira. 

No entanto, essa previsão depende, em grande parte, do progresso na contenção da pandemia de Covid-19. Também está atrelada às políticas de apoio econômico implementadas pelos países desenvolvidos. E, finalmente, a decisões relativas à produção nos principais mercados fornecedores, como o Brasil. 

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PMA/Rein Skullerud
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Alimentação 

Quase todas as matérias-primas já estão com valores acima dos registrados antes da pandemia, impulsionados principalmente pelo aumento da atividade econômica no começo deste ano.  

Os preços de energia devem ficar, em média, mais de um terço acima dos de 2020, com o barril de petróleo custando cerca de US$ 56. Os dos metais devem subir 30%. Já os das commodities agrícolas, quase 14%, impulsionados pela escassez de oferta na América do Sul e a forte demanda da China. Esses devem se estabilizar só em 2022.

Além do aumento substancial das matérias-primas agrícolas, principalmente as alimentares, o relatório destaca os efeitos negativos da Covid-19 sobre a segurança alimentar, que devem permanecer em 2021 e 2022. Cada vez mais países estão enfrentando problemas no acesso a comida e nutrição, revertendo anos de progresso. 

Por Mariana Ceratti, do Banco Mundial Brasil