ONU pede libertação imediata de detidos na Rússia por protestos
Relatos apontam 1,4 mil pessoas foram presas na terça-feira; Escritório de Direitos Humanos revela estar profundamente consternado com a condenação de Aleksei Navalny, político da oposição, a pena de prisão.
O Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas pediu às autoridades russas que "libertem, imediatamente, todas as pessoas detidas por exercerem seu direito à liberdade de reunião e expressão nos protestos" das últimas semanas.
Falando a jornalistas em Genebra, a porta-voz do Escritório, Ravina Shamdasani, destacou relatos de que, apenas na terça-feira, foram detidas 1,4 mil pessoas.
Oposição
Nas últimas semanas, pessoas foram as ruas em todo o país contra a detenção de Aleksei Navalny, um político da oposição. Navalny foi preso em janeiro, quando regressou ao país depois de se recuperar de uma tentativa de assassinato por envenenamento.
Segundo a porta-voz do Escritório, o governo russo deve garantir que os protestos sejam tratados de acordo com as suas obrigações ao abrigo do direito internacional dos direitos humanos.
O Escritório também está “profundamente consternado” com a condenação de Aleksei Navalny.
Na terça-feira, um tribunal de Moscou condenou o político da oposição à prisão por supostamente violar as condições de uma sentença suspensa de 2014 em um caso de peculato.
Prisão domiciliar
A porta-voz lembrou que o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos já decidiu, em 2017, por unanimidade, que o caso foi “arbitrário, injusto e manifestamente irracional.”
Agora, o juiz converteu a antiga sentença de 3,5 anos para dois anos e oito meses, dando crédito pelo tempo que Navalny já passou em prisão domiciliar.