Banco Mundial apoiará 100 países em desenvolvimento a enfrentar pandemia de coronavírus
Programas de apoio serão implementados até o fim de abril; anúncio foi feito pelo presidente da instituição, David Malpass, que também celebrou a suspensão temporária do pagamento das dívidas pelos países mais pobres do mundo para ajudar a combater covid-19.
O presidente do Banco Mundial, David Malpass, anunciou nesta sexta-feira que, até o fim de abril, a instituição terá implementado 100 novos programas de apoio emergencial aos países em desenvolvimento diante da pandemia de coronavírus. Sessenta e quatro deles já estão em curso: um em Cabo Verde, um em São Tomé e Príncipe e quatro na América Latina e Caribe.
O anúncio foi feito no último dia dos encontros de primavera entre o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, FMI, que se realizaram de forma virtual ao longo da semana.
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David Malpass lembrou que esses mesmos países terão, a partir de 1º de maio, suspensão temporária do pagamento das dívidas com os credores do G20, ou seja, as maiores economias do planeta. A decisão foi tomada na última quarta-feira, na reunião do grupo, e valerá até o fim do ano, trazendo alívio para países que vêm sentindo mais fortemente os impactos da crise.
Medidas
O presidente do Banco Mundial celebrou essa medida e defendeu maior transparência no processo de endividamento dos países. Será preciso fortalecer os sistemas de monitoramento e avaliação, por exemplo, a fim de assegurar que os governos usem esse espaço financeiro para investir melhor em saúde e educação. Segundo Malpass, os países que forem mais transparentes se tornarão mais atrativos a investimentos internacionais, inclusive do setor privado.
Finalmente, o presidente do Banco Mundial enfatizou a necessidade de sistemas de proteção social para trabalhadores dos setores em crise, como é o caso das pequenas e médias empresas e do setor de turismo. Os países precisarão, entre outros desafios, criar condições para que esses profissionais consigam ser realocados em outros que ofereçam melhores oportunidades.
*Reportagem: Mariana Ceratti, do Banco Mundial Brasil