Chefe da OMS visita Bahamas e pede mais ajuda para vítimas do furacão
Tedros Ghebreyesus disse que é preciso investir mais em estruturas resilientes à mudança climática após ver de perto a destruição causada pelo furacão Dorian; centenas de pessoas desapareceram após desastre natural em 1º de setembro.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, OMS, apelou ao mundo que se una em torno das Bahamas diante das “trágicas consequências do furacão Dorian”.
O desastre atingiu o país em 1º de setembro afetando 75 mil pessoas. De acordo com a ONU, cerca de 1,5 mil vítimas ainda se encontram em abrigos e outras 600 continuam desaparecidas. Até o momento, 56 mortes foram confirmadas.
Serviços
No fim da visita ao arquipélago, Tedros Ghebreyesus disse que o fenômeno “não só custou muitas vidas e meios de subsistência, mas causou graves danos à infraestrutura, privando comunidades de serviços básicos num momento crítico”.
Até esta quarta-feira, o chefe da OMS esteve em locais arrasados pelo furacão onde avaliou os impactos causados na saúde. Para Tedros, a tragédia é “um outro lembrete urgente” de que é preciso tratar as causas da mudança climática.
Para Ghebreyesus, foi “comovente ver a devastação das comunidades e as famílias que perderam amigos e entes queridos como suas casas, bens e acesso aos serviços essenciais”.
Nas Bahamas, o chefe da OMS se reuniu com autoridades, incluindo o governador-geral. Ele elogiou a preparação, a prontidão e os esforços realizados para mitigar os danos.
O diretor-geral percorreu áreas das ilhas Ábaco e Grand Bahama com o ministro da Saúde, Duane Sands, onde observou os efeitos do desastre em famílias e na infraestrutura, incluindo instalações que foram completamente destruídas.
Nessas regiões houve danos substanciais no setor de saúde após a destruição de equipamentos, suprimentos e infraestruturas incluindo de eletricidade e água.
A Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, enviou 20 funcionários e cinco equipes médicas internacionais de emergência para ajudar.
Recuperação
A OMS agradeceu a rápida atuação e reiterou que o apoio às Bahamas continuará durante o processo de recuperação do sistema de saúde.
A agência informou que seguirá trabalhando por um setor de saúde mais resiliente e para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, especialmente nos pequenos Estados insulares em desenvolvimento.