Conflito no nordeste da Nigéria já deslocou mais de 134 mil pessoas este ano
Nações Unidas alertam para piora de fragilidade em áreas como insegurança alimentar, desnutrição e epidemias; representantes de agências internacionais querem mais apoio para áreas afetadas pela crise.
Cerca de 134 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas devido ao conflito no nordeste da Nigéria, segundo as Nações Unidas.
A organização estima que 7,1 milhões de pessoas precisem de assistência humanitária essencial nos estados de Borno, Adamawa e Yobe. As áreas são as mais atingidas pelo conflito entre o governo e o grupo terrorista Boko Haram.
Vulnerabilidade
A ONU destaca que os meios de subsistência das vítimas foram afetados pela violência. Essa situação agravou as carências em áreas como insegurança alimentar, desnutrição e epidemias.
Em 2019, o conflito entra para o 10º ano com mais de 3 milhões de vítimas de insegurança alimentar. A desnutrição ameaça mais de 1 milhão de crianças da região.
Atualmente, dezenas de milhares de civis perdem a vida com o aumento da violência que se observa nos últimos meses. A situação é agravada pelas operações militares realizadas em áreas do estado de Borno.
Na semana passada, uma parte da área foi visitada por altos funcionários de agências humanitárias das Nações Unidas e ONGs.
Necessidades
Representantes da Organização Internacional para Migrações, OIM, da comunidade humanitária na Nigéria e do Conselho Dinamarquês para Refugiados pediram mais apoio para enfrentar o recente agravamento da violência e das necessidades humanitárias.
Durante a visita, os altos funcionários se reuniram com as autoridades locais, agências da ONU, ONGs humanitárias e parceiros em Maiduguri, a capital do estado de Borno.
Eles também visitaram vários campos de deslocados internos da área e cidades como Damboa, Dikwa e Rann, que são as mais atingidas pela crise.