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ONU receia aumento da violência durante o mês do Ramadã no Afeganistão

Cidade de Gardez, província de Paktia, Afeganistão.
Unama/Fardin Waezi
Cidade de Gardez, província de Paktia, Afeganistão.

ONU receia aumento da violência durante o mês do Ramadã no Afeganistão

Paz e segurança

Na semana passada grupos insurgentes mataram e feriram civis; missão de paz reitera apelo para que todos os lados do conflito interrompam os confrontos durante o mês no qual a maioria dos muçulmanos pratica o jejum.

A Missão das Nações Unidas no Afeganistão, Unama, expressou “grande preocupação” com um possível aumento da violência em todo o país durante o mês do Ramadã.

Esta segunda-feira, a operação de paz emitiu uma nota em Cabul condenando o Talibã por ataques que segundo descreve “deliberadamente visaram civis”.

Missão de Assistência da ONU no Afeganistão, Unama.
Missão de Assistência da ONU no Afeganistão, Unama. Foto: Unama/Fardin Waezi

Instalações

A Unama anunciou que tem investigado alegações de vítimas civis, após ataques aéreos contra instalações de fabricação de medicamentos realizados pela aliança liderada pela Otan nas províncias de Farah e Nimroz.

No comunicado, a operação de paz reitera seu apelo para que todos os lados do conflito afegão interrompam os confrontos durante o mês no qual a maioria dos muçulmanos pratica o jejum.

O chefe da Unama, Tadamichi Yamamoto, disse que absolutamente nada pode justificar ataques deliberados ou indiscriminados contra civis.

Mortes 

O comunicado da Unama destaca um ataque do Talibã aos escritórios de um grupo internacional de auxílio que na quarta-feira matou seis civis e feriu 28 na capital, Cabul.

O incidente ocorreu três dias após um outro, em que grupos milícias atacaram um quartel da Polícia na cidade de Pul-e Khumri, no norte do país. De acordo com a missão de paz, o ato “causou muitas vítimas civis, com mulheres e crianças entre os feridos”.