Perspectiva Global Reportagens Humanas

Especial: experiência de brasileira em Assembleia da Juventude apoiada pela ONU BR

Verena Paccola fez parte da delegação brasileira na Assembleia da Juventude
Arquivo pessoal
Verena Paccola fez parte da delegação brasileira na Assembleia da Juventude

Especial: experiência de brasileira em Assembleia da Juventude apoiada pela ONU

Cultura e educação

A ONU News conversou com Verena Paccola, uma das jovens que fez parte da delegação brasileira em evento que aconteceu em Nova Iorque.  A Assembleia da Juventude reuniu jovens líderes de mais de 115 países. 

Verena Paccola sempre gostou de estudar. Com apenas quatro anos, já ganhou um microscópio dos pais, que perceberam o amor da criança pela [área da ciência.

“Eu levava para a escola nos dias de brinquedo enquanto minhas amigas levavam brinquedos normais de criança e eu leva o microscópio para catalogar as espécies que eu encontrava pela escola.”

Com 16 anos a aluna dedicada passou no Vestibulinho, como é chamada a prova para fazer o ensino médio no Colégio Técnico da Unicamp, uma das melhores universidades da América Latina. Uma coisa levou a outra e hoje, com 19 anos, ela está trabalhando com pesquisas envolvendo neurociência computacional para crianças autistas no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

“Eu quero seguir nesta área de pesquisa e tentar fazer o bem para o próximo. Eu quero realmente fazer a diferença através dos meus conhecimentos.”

Verena Paccola está trabalhando com pesquisas envolvendo neurociência computacional para crianças autistas
Verena Paccola está trabalhando com pesquisas envolvendo neurociência computacional para crianças autistas , by Acervo Pessoal

Assembleia da Juventude da ONU

O amor pela ciência agora também divide um interesse pela área de humanas, de política, de história, de geografia e de sociologia. Em 2018, a vontade de aprender motivou Verena a se inscrever para participar da delegação brasileira na Assembleia da Juventude da ONU, que aconteceu em Nova Iorque entre os dias 15 e 17 de fevereiro. O foco do evento foi o papel dos jovens no desenvolvimento global.

“Acho que a melhor parte foi poder interagir com as outras pessoas, os outros países, porque eu nunca tinha sido do Brasil. E daí, quando viu cheguei aqui, eram pessoas de mais de 100 países diferentes e eu pude interagir com pessoas das mais diversas culturas que me contaram sobre como era o pais delas, algumas que estão em países com situações difíceis, e quando elas contam essas histórias agrega muito e inspira muito a você querer fazer a diferença e ajudar as pessoas. Então, eu acho que depois desta experiencia minha cabeça mudou totalmente e eu me sinto muito mais inspirada e pronta para realmente fazer a diferença no mundo e melhorar o Brasil e o resto de todos os países.”

Sonho

Verena aproveitou a oportunidade para conhecer pessoalmente a sede da ONU na cidade. Em uma exposição para chamar atenção para o problema da Mutilação Genital Feminina a jovem deixou um recado, pedindo para que parem com o silencio e eduquem as meninas.

Para ela, a vontade que ficou, foi a de voltar.

“Eu tenho muita vontade de trabalhar na ONU. Eu nunca pensei que iria ter tanta vontade assim. Mas depois desta experiência. Foi muito bom conhecer o que eles realmente fazem aqui, e os projetos que eles desenvolvem. Eu me senti muito inspirada para criar um novo projeto para me juntar àONU, e quem sabe um dia, morar aqui em Nova Iorque pertinho para poder trabalhar aqui.”

Especial: experiência de brasileira em Assembleia da Juventude apoiada pela ONU

Mensagem

Agora, a próxima meta de Verena é fazer a faculdade nos Estados Unidos. Ela se inscreveu para 20 universidades, entre elas a Columbia, a Stanford e a Universidade de Nova Iorque. Enquanto aguarda as respostas que devem vir no próximo mês, ela deixa um recado para os jovens.

“Eu acho que eles têm que seguir os sonhos deles, não importa o quão distante eles estejam. Quando as pessoas falam que vai ser difícil chegar la, porque, com muito esforço, dedicação, com as oportunidades certas, eles vão conseguir chegar lá. Eu estou disponível também para conversar com eles para o que eles quiserem, contar da minha experiencia aqui e das minhas outras experiencias no Brasil. Mas eu acho que é possível eles chegarem em qualquer lugar com a força que nós jovens temos hoje em dia.”