Perspectiva Global Reportagens Humanas

Angola: ONU acompanha movimentação de migrantes e refugiados na Lunda Norte

Refugiados congoleses na província de Lunda Norte, em Angola.
Acnur/Pumla Rulashe
Refugiados congoleses na província de Lunda Norte, em Angola.

Angola: ONU acompanha movimentação de migrantes e refugiados na Lunda Norte

Assuntos da ONU

Coordenador residente fala de retorno voluntário de milhares de refugiados congoleses ao seu país; Paolo Balladeli disse preocupação de autoridades é com migrantes que estariam trabalhando em negócios clandestinos.

O coordenador residente das Nações Unidas em Angola disse ter conhecimento do regresso voluntário de milhares de refugiados congoleses ao seu país.

Balladeli respondia  a uma questão da ONU News sobre a relação entre congoleses e angolanos na província da Lunda Norte. A área acolhe a maioria dos refugiados e candidatos a asilo da República Democrática do Congo, RD Congo vivendo no país lusófono.

Migrantes

Paolo Balladelli disse que haveria alguma percepção em relação a migrantes congoleses que não estariam em Angola em busca de proteção.

Angola: ONU acompanha movimentação de migrantes e refugiados na Lunda Norte

“Os refugiados estão concentrados numa área da província de Lunda Norte, que também é uma província diamantífera. Então, há uma certa sensibilidade em pensar se esse migrante é realmente um migrante que foge da guerra, ou pode também esconder alguém que esteja interessado a entrar no negócio clandestino de diamantes. Há esse tipo de preocupação, é verdade e, seguramente, da parte das autoridades.”

Comunidades Anfitriãs

Balladelli disse que há uma boa coexistência entre refugiados congoleses e comunidades anfitriãs em território angolano.

 Paolo Balladelli disse que níveis de colaboração entre ONU e Angola são “bons e promissores”.
Paolo Balladelli disse que há uma boa coexistência entre refugiados congoleses e comunidades anfitriãs em Angola, by ONU News

“Temos aqui algumas agências das Nações Unidas, com a chefia do HRC, a agência de refugiados. Eles fizeram toda uma inventariação biométrica dos refugiados que foram acolhidos e estamos a falar de cerca de 27 mil refugiados. Destes, 13 mil estão na capital da Lunda Norte. Dundo e 14 mil num novo espaço que foi preparado com apoio do governo para que estes 14 mil possam ter as suas atividades conjuntamente com as comunidades locais.”

Paolo Balladelli contou  que grande parte dos que continuam em território angolano receiam  do que possa acontecer no seu país, que se prepara realizar eleições.