Angola e parceiros internacionais vão aplicar US$ 260 milhões em ações conjuntas até 2022

Prioridades do novo Quadro de Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável foram adotadas em Luanda; coordenador residente da ONU diz que jovens podem dinamizar economia inclusiva.
Angola abriu a semana com a aprovação das prioridades para o trabalho das Nações Unidas e seus parceiros no país durante os próximos três anos.
Mais de US$ 260 milhões serão aplicados nas atividades do novo Quadro de Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável 2020-2022, que foi endossado em Luanda.
Falando à ONU News, da capital angolana, o coordenador residente das Nações Unidas em Angola, Paolo Balladelli, disse que a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável inspirou a definição das quatro prioridades.
“A primeira cria inclusão entre economia inclusiva e serviços sociais também pensando nas autarquias, que agora vão ser impulsionadas no âmbito das eleições de 2020. Temos também uma segunda área sobre jovens e mulheres. Os jovens neste momento são 70% da população angolana e podem também criar as dinâmicas de economia inclusiva, que permitiria o país sair da sua condição.”
As novas prioridades também incluem promover a resiliência e a proteção do meio ambiente, da democracia e da estabilidade no país.
A apresentação do plano foi liderada pelo ministro de Economia e Planeamento de Angola, Pedro Luís da Fonseca, em cerimónia em que dezenas de parceiros encerraram a etapa de reflexão que identificou as metas das atividades conjuntas.
“Foi um processo muito inclusivo porque participou o governo, participou a sociedade civil, o setor privado, a academia e obviamente as agências do Sistema das Nações Unidas. Oitenta e cinco entidades trabalharam durante quatro meses para definir quais são as prioridades, como é que o país pode sair da pobreza e criar os pressupostos para um desenvolvimento inclusivo, onde os ODSs, da Agenda 2030, sejam realmente no centro do desenvolvimento.”
A fase de definição do quadro de parceria envolveu 21 agências da ONU e foram consideradas as “tendências de desenvolvimento, os potenciais riscos, os aceleradores de mudança e as vantagens comparativas da ONU”.
De acordo com as Nações Unidas em Angola, nesse processo também foram definidos os resultados, os produtos e os indicadores de seguimento dessas prioridades durante o próximo triénio.