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ONU condena ataque mortal do Talibã a juízes e promotores no Afeganistão BR

Distribuição de alimentos para deslocados no Afeganistão. Foto: Acnur

ONU condena ataque mortal do Talibã a juízes e promotores no Afeganistão

Atentado no domingo matou cinco procuradores, incluindo três mulheres, e feriu outros 19 civis.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.

A Missão da ONU no Afeganistão, Unama, condenou de forma veemente o ataque suicida de domingo a um ônibus que levava funcionários do Escritório do Procurador-Geral, em Cabul.

A ação matou cinco procuradores, incluindo três mulheres, e feriu outros 19 civis.

Responsabilidade

Segundo um comunicado divulgado pela Unama nesta segunda-feira, o Talibã reivindicou responsabilidade pelo ataque.

Segundo o vice-representante especial do secretário-geral no Afeganistão, Tadamichi Yamamoto, um padrão emergente de ataques deliberados do grupo contra equipes civis do Escritório do Procurador-geral e profissionais da área legal “é repreensível e deve parar”.

Ele afirmou que ataques deliberados a civis são “estritamente proibidos pela Lei de Direito Humanitário Internacional e podem constituir crimes de guerra”.

Judiciário

De 1º de janeiro a 10 de maio de 2015, em seu site na internet, o Talibã assumiu a responsabilidade por 11 ataques diferentes a profissionais da área do direito e tribunais.

As ações deixaram 28 mortos e 86 feridos, um aumento de mais de 600% em relação ao mesmo período do ano passado.

A Unama também documentou seis outros incidentes de sequestro, ameaças, intimidação e assédio a autoridades judiciais, até o momento este ano.

Segundo a diretora de direitos humanos da Unama, Georgette Gagnon, “estes ataques colocam em questão as declarações públicas do Talibã de proteger os civis”. Ela destacou que todos os mortos e feridos no ataque de 10 de maio eram civis.

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