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ONU condena morte de 17 civis em ataques do Talibã no Afeganistão BR

Vista aérea da cidade de Cacul, Afeganistão. Foto: Unama/Ari Gaitanis

ONU condena morte de 17 civis em ataques do Talibã no Afeganistão

Dois atentados diferentes ocorreram na capital Cabul e na província de Helmand; diretora de direitos humanos da Unama chamou ações de “atrocidades”.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.

A Missão da ONU no Afeganistão, Unama, condenou de forma veemente o assassinato de pelo menos 17 civis em dois ataques separados, nesta quarta-feira, sobre os quais o Talibã assumiu a responsabilidade.

Um ataque a pessoas reunidas para um evento cultural no hotel Park Palace, em Cabul, matou 14 civis e deixou vários feridos. Outras três pessoas morreram e duas ficaram feridas em um ataque a um departamento de assuntos religiosos na província de Helmand.

Atrocidades

A diretora de direitos humanos da Unama chamou de “atrocidades” estes “ataques deliberados a civis”.

Segundo Georgette Gagnon, as declarações do Talibã sobre evitar baixas de civis soam vazias quando confrontadas com as últimas mortes. Ela afirmou ainda que o grupo “deve respeitar os seus compromissos e imediatamente parar de atacar civis de forma deliberada”.

Crimes de Guerra 

A Missão da ONU destaca que a lei humanitária internacional, que abrange todas as partes do conflito, inclusive o Talibã, proíbe ataques a civis e locais como hotéis e escritórios civis de governo. Tais atos podem ser considerados crimes de guerra.

Nos primeiros quatro meses deste ano, a Unama documentou um número recorde de 2.937 vítimas civis, entre elas 974 mortos e 1.963 feridos. Isto representa um aumento de 16% sobre o mesmo período de 2014.

Segundo Gagnon, com o “terrível aumento no número de vítimas civis este ano, a Unama, mais uma vez apela às partes do conflito que tomem todas as medidas necessárias para proteger os civis, de acordo com suas obrigações sob o direito internacional humanitário”.

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