Pillay alerta que centro-africanos precisam de proteção policial
Alta comissária de Direitos Humanos afirmou que 80% da população muçulmana foi forçada a fugir de suas casas; ela espera que o Conselho de Segurança estabeleça uma missão de paz no país.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, afirmou que a população da República Centro-Africana precisa de proteção policial.
Pillay fez a declaração no Conselho de Segurança em reunião fechada sobre as questões de direitos humanos em áreas de conflito no mundo inteiro.
Missão de Paz
A alta comissária espera que os membros do Conselho criem uma Missão de Paz no país. Segundo ela, as pessoas querem a polícia.
Pillay explicou que se a missão incluir 2 mil policiais, seguindo a recomendação feita pelo secretário-geral Ban Ki-moon, a população terá uma ajuda imediata.
Ela disse a jornalistas depois do encontro desta terça-feira que a força internacional liderada pelas tropas da União Africana e pelas forças francesas protegeram inicialmente os civis das ações da milícia Seleka, que apoia os muçulmanos.
Violência
Pillay declarou que agora cerca de 80% da população islâmica foi forçada a fugir de suas casas.
Durante recente visita ao país, a alta comissária disse ter visto as residências e as lojas que pertenciam a muçulmanos totalmente destruídas por integrantes da milícia cristã conhecida como anti-Balaka.
A chefe dos Direitos Humanos da ONU afirmou que o Conselho de Segurança está preocupado com a violência na República Centro-Africana.