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Novos combates na RD Congo levam 5 mil a fugir de suas casas BR

Novos combates na RD Congo levam 5 mil a fugir de suas casas

Confrontos surgidos no último dia 14 espalharam-se por vários vilarejos ao norte de Goma, capital da província de Kivu Norte; muitos congoleses estão cruzando a fronteira com o país vizinho, Ruanda, para escapar da violência.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

Cerca de 5 mil pessoas na República Democrática do Congo foram obrigadas a fugir de suas casas por causa de uma nova onda de combates entre tropas do governo e rebeldes do grupo M23.

O fogo cruzado recomeçou no último dia 14 e se espalhou rapidamente por vários vilarejos ao norte de Goma, a capital da província de Kivu Norte.

Escolas e Igrejas

A Organização Internacional para Migrações, OIM, informou que muitos congoleses buscaram abrigos em escolas e igrejas e também acampamentos improvisados na periferia de Goma.

Outros moradores fugiram para cidades de Ruanda, o país vizinho. A OIM está coletando dados entre os refugiados para organizar a entrega de ajuda humanitária aos deslocados internos.

A agência está ainda registrando o movimento em acampamentos já existentes. O Alto Comissarido das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, iniciou uma campanha de uma semana para mais de 2,4 mil famílias deslocadas na RD Congo. O objetivo é levar informação sobre como acessar auxílio uma vez que eles estejam vivendo nos acampamentos.

Alimentos e Remédios

A situação humanitária e de segurança continua frágil no vilarejo de Kamako, localizado a 90 km de Beni. Faltam alimentos e remédios, e cerca de 80 mil congoleses estão sob risco de contrair doenças contagiosas como cólera e disenteria.

A ONU mantém uma força de paz na RD Congo, Monusco, que já alertou sobre o aumento da violência de grupos armados rebeldes, como o M23. Desde o mês passado, a Monusco está sendo liderada pelo general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz.