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Recuperação do Brasil vai impulsionar crescimento da AL em 2013 BR

Recuperação do Brasil vai impulsionar crescimento da AL em 2013

Segundo Cepal, região deve crescer 3,8% no ano que vem; menor entrada de capital e maior volatilidade afetaram Brasil e México em 2012.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

 A Comissão Econômica para América Latina e Caribe, Cepal, divulgou nesta terça-feira o balanço econômico de 2012 e as perspectivas para o ano que vem.

Segundo a Cepal, após desempenho menor neste ano, as economias do Brasil e da Argentina devem se recuperar em 2013 e impulsionar o crescimento de toda a região, que deverá ser de 3,8%.

Influências

De Brasília, o diretor da Cepal no Brasil, Carlos Mussi, explicou à Rádio ONU o que levou o país a crescer 1,2%, um desempenho menor do que o do ano passado.

“Isso se deve a algumas dificuldades que o país enfrentou, especialmente com o cenário externo. As exportações praticamente não cresceram, as dificuldades que existem na indústria brasileira para incrementar seu investimento e também alguns resultados fracos na agricultura e o próprio ajuste na economia com o nível de crédito um pouco menor. O Brasil já está com um passo de crescimento bem razoável para se chegar aos 4% previstos (para 2013).”

 Carlos Mussi destaca também que a América Latina e Caribe vai continuar sofrendo a influência da evolução das economias da Europa, China e Estados Unidos. Para a Cepal, o desafio da região é estabilizar o crescimento do investimento e não depender somente do consumo.

Salários e Empregos

Neste ano, houve grande desaceleração do valor das exportações, que deve fechar em 1,6%, contra 22% no ano passado. Já os empregos e salários cresceram em 2012, com redução do desemprego das mulheres.

Mas a Cepal afirma que a instabilidade financeira mundial gerou menor entrada de capital e maior volatilidade do câmbio no Brasil e do México, os dois maiores países latinos.

Já o coeficiente médio de investimento da América Latina em 2012 chegou a cerca de 23% do PIB, que seria a porcentagem mais alta dos últimos 30 anos.