Nações Unidas querem mais mulheres na polícia haitiana
Após visita à ilha caribenha, secretário-geral assistente para os Direitos Humanos nota maior participação feminina no setor público; Ivan Simonovic fala ainda sobre riscos para o país.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
Após missão de quatro dias ao Haiti, o secretário-geral assistente para os Direitos Humanos da ONU, destacou nesta segunda-feira o potencial de progressos para o país. Segundo Ivan Simonovic, “os sinais para o Haiti são encorajadores, mas também de riscos.”
O enviado citou mudanças na constituição, que estabelecem uma cota de 30% para as mulheres no setor público, além da criação dos ministérios para os Direitos Humanos e de Luta contra a Pobreza Extrema.
Novos Policiais
No Haiti, Ivan Simonovic teve encontros com membros do governo, onde discutiu os desafios dos direitos humanos. Ele destacou o plano do país de recrutar 5 mil novos policiais até 2016.
Para o enviado, a iniciativa “carrega grande potencial para um Haiti seguro”. Simonovic defende um recrutamento baseado em méritos e com a inclusão de mais mulheres na Polícia Nacional Haitiana.”
Empregos
O Conselho de Segurança está analisando a redução do contingente da Minustah, a Missão de Estabilização da ONU no Haiti. O representante pediu que a diminuição das tropas militares seja acompanhada de um forte apoio da polícia nacional.
Simonovic recomendou ainda reforma nos sistemas judiciário e penal, citando a situação “desumana e degradante” dos presos no país. Ele observou também que o Haiti tem chances de atrair investimentos e criar trabalhos decentes.