Guterres condena ataque que matou quatro boinas-azuis no Mali
Assuntos da ONU
Soldados do Chade que integravam força de paz da ONU patrulhavam região de Kidal e foram alvejados com explosivos; secretário-geral pediu que autores do atentado sejam levados à justiça.
O secretário-geral das Nações Unidas condenou, fortemente, um ataque nesta segunda-feira no Mali, com uso de explosivo improvisado. O atentado matou quatro boinas-azuis no país africano.
Os militares, todos do Chade, foram atacados quando faziam uma patrulha em Tessalit, na região de Kidal.
António Guterres enviou seus pêsames ao governo, ao povo do Chade e às famílias dos quatro militares mortos.
Segurança tem se deteriorado
António Guterres enviou seus pêsames ao governo, ao povo do Chade e às famílias dos quatro militares mortos.
Ele lembrou que alvejar soldados de paz pode configurar crime de guerra e pediu que os autores do ataque sejam levados à justiça. A situação da segurança no Mali tem se deteriorado há vários anos.
Em Nova Iorque, o Conselho de Segurança se reuniu, nesta terça-feira, para discutir a escalada da violência e outros aspectos.
O representante especial do secretário-geral da ONU no Mali, El-Ghassim Wane, falou dos eventos desde junho.
Segundo ele, enquanto a luta contra o terrorismo inclui componentes militares e de segurança, torna-se claro que nenhum resultado de paz duradoura ocorrerá sem alcançar ambos os pontos.
Para Wane, é preciso ainda restaurar a autoridade do Estado e reconstruir a confiança com as comunidades locais.
O Mali deve realizar um referendo constitucional em março de 2023.
O representante especial informou que a Minusma e a equipe da ONU no país estão apoiando o processo eleitoral com assistência técnica e de logística também para o ciclo de votação de 2022-2024, que está sendo finalizado.