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Ataques no Mali matam um boina-azul da ONU e deixam mais quatro feridos

Secretário-geral sublinha o compromisso da organização de apoiar o governo e o povo maliano na busca pela paz.
Minusma/Harandane Dicko
Secretário-geral sublinha o compromisso da organização de apoiar o governo e o povo maliano na busca pela paz.

Ataques no Mali matam um boina-azul da ONU e deixam mais quatro feridos

Assuntos da ONU

Secretário-geral pediu medidas para que autores do crime sejam responsabilizados; vítimas de ataques nas áreas de Aguelhok e Bandiagara são do Chade e do Togo.

Um soldado de paz morreu e outros quatro ficaram gravemente feridos em dois ataques separados, que ocorreram no domingo no Mali.

Em comunicado, o porta-voz do secretário-geral destaca que o incidente com o maior número de vítimas ocorreu quando um comboio atingiu um dispositivo explosivo em Aguelhok, no norte do país africano.

Condolências

Antes, uma base de operações temporárias da Missão da ONU no Mali, Minusma, foi atacado por um grupo ainda não-identificado em Bandiagara, região de Mopti. Um soldado de paz do Togo ficou gravemente ferido.

Ambulância da ONU danificada durante um ataque à Minusma ocorrido em  janeiro.
Ambulância da ONU danificada durante um ataque à Minusma ocorrido em janeiro., by Foto ONU/Marco Dormino

O secretário-geral enviou condolências à família do militar morto, ao governo e ao povo do Chade.  António Guterres desejou pronta recuperação aos feridos.

O apelo feito às autoridades do Mali e aos grupos armados, que assinaram o acordo de paz em 2015, é que “identifiquem os autores desses ataques e que os mesmos possam ser, rapidamente, levados à justiça”.

Guterres lembra que ataques contra as forças de paz das Nações Unidas podem ser considerados crimes de guerra sob o direito internacional.

Controle

A nota do secretário-geral termina sublinhando o compromisso da organização de apoiar o governo e o povo maliano na busca pela paz e estabilidade, no país que procura conter a violência após a ação de extremistas islâmicos ligados à al-Qaeda terem assumido o controle do deserto, no norte do Mali, em 2012.

As ações militares que estão em andamento foram impulsionadas pelo acordo de paz assinado entre o governo e os rebeldes em 2015, contra a influência de milícias islâmicas em regiões do norte e centro do Mali.