Unesco pede investigação de assassinato de jornalista no Ceará
Em nota, diretora geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Audre Azoulay, condenou o crime; repórter estava recebendo ameaças de morte.
A Unesco pediu a abertura de um inquérito para apurar o assassinato do jornalista Givanildo Oliveira, morto em 7 de fevereiro, em Fortaleza, capital do estado brasileiro do Ceará.
Em nota, a chefe da agência, Audrey Azoulay, disse que o crime é um ataque à liberdade de expressão e de imprensa.
![Audrey Azoulay disse que as autoridades brasileiras devem se empenhar com todos os esforços para elucidar o crime e levar os responsáveis à justiça Audrey Azoulay disse que as autoridades brasileiras devem se empenhar com todos os esforços para elucidar o crime e levar os responsáveis à justiça](https://global.unitednations.entermediadb.net/assets/mediadb/services/module/asset/downloads/preset/Libraries/Production+Library/22-10-2020-UNESCO-Audrey-Azoulay.jpg/image1170x530cropped.jpg)
Caso
Ele disse que as autoridades brasileiras devem se empenhar com todos os esforços para elucidar o crime e levar os responsáveis à justiça.
Givanildo Oliveira trabalhava no site Pirambu News, onde era um dos fundadores. Ele já havia recebido ameaças de morte de criminosos em Fortaleza, e foi alvejado a tiros perto da casa onde vivia.
O site do jornalista conhecido como Gigi publica informações sobre criminosos do local, segundo relatos da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo.
![garantir que os jornalistas e os trabalhadores dos meios de comunicação social sejam protegidos garantir que os jornalistas e os trabalhadores dos meios de comunicação social sejam protegidos](https://global.unitednations.entermediadb.net/assets/mediadb/services/module/asset/downloads/preset/Libraries/Graphics+Library/06-10-2021-rex-way-FpWaEa2_d5w-unsplash.jpg/image1170x530cropped.jpg)
Câmera de segurança
A Comissão de Proteção dos Jornalistas, CPJ, afirmou que um jornalista em serviço não pode estar sob tamanho risco apenas por informar e publicar notícias de suas comunidades.
Segundo agências de notícias, há registros de câmera de segurança que mostram o momento do assassinato, quando Givanildo Oliveira caminha pela rua perto de casa e é atacado por um homem, que atira pelo menos três vezes contra a cabeça e o peito da vítima e depois foge.
A CPJ informou que é preciso saber se o crime está relacionado ao trabalho do jornalista e se o assassinato foi uma forma de retaliação, que deve ser punida pela justiça.
Segundo dados da Unesco, a América Latina é uma das regiões mais perigosas para o exercício do jornalismo.