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Unesco condena assassinatos de jornalistas no Brasil e no Azerbaijão BR

Gleydson Carvalho foi assassinado nos estúdios. Foto: Arquivo Pessoal

Unesco condena assassinatos de jornalistas no Brasil e no Azerbaijão

Gleydson Carvalho era radialista no Ceará e foi morto a tiros na semana passada enquanto trabalhava; Rasim Aliyev não resistiu aos ferimentos após ser espancado em Baku; agência das Nações Unidas pede justiça sobre os casos.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York. 

A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, condenou nesta quarta-feira o assassinato do radialista brasileiro Gleydson Carvalho.

Ele trabalhava na Rádio Liberdade FM, na cidade de Camocim, no Ceará. Gleydson foi morto a tiros no dia 6 de agosto. Testemunhas contaram a agências de notícias que dois homens armados entraram nos estúdios da emissora, assassinaram o radialista e fugiram.

Legislação

Ao condenar o crime, a diretora-geral da Unesco pede “às autoridades para investigar o caso e levar os responsáveis ao tribunal, para que sejam punidos de acordo com a legislação do Brasil”.

Irina Bokova afirma que “os jornalistas são a voz do povo e quando a violência é usada para silenciá-los, toda a sociedade sofre”. A nota da Unesco destaca que Carvalho tinha um programa, onde reportava sobre assuntos políticos locais.

Azerbaijão

A agência da ONU também condena o assassinato do jornalista Rasim Aliyev, que morreu no dia 9, na capital do Azerbaijão, Baku. Ele era freelancer e contribuía para vários sites independentes de notícias.

Segundo a Unesco, o jornalista morreu no hospital, após ser espancado por vários homens e não resistir aos ferimentos. Aliyev presidia o Instituto para Segurança e Liberdade de Repórteres em Baku e já havia pedido proteção policial após receber ameaças.

A chefe da Unesco, Irina Bokova, ressalta que as autoridades precisam garantir que os responsáveis pela morte do jornalista sejam levados à Justiça.