ONU condena ataques em escolas na Somália e em Camarões
Bombardeios deixaram dezenas de mortos e feridos nos dois países; representantes das Nações Unidas reforçam que episódios são violações dos direitos humanos; Camarões sofre com o agravamento dos ataques desde 2017; 700 mil estudantes estão sem acesso à educação.
As Nações Unidas condenaram ataques a escolas na Somália e em Camarões nesta semana. Os episódios deixaram dezenas de vítimas entre alunos e professores.
O diretor regional do Unicef para a África Oriental e Austral, Mohamed Malick, afirmou que os crimes violam os direitos humanos e que todos os locais frequentados por crianças devem ser seguros.
Somália
Os bombardeios próximos a uma escola na capital da Somália, Mogadíscio, ocorreram na quinta-feira pela manhã.
Segundo agências de notícias, o crime se trata de um atentado suicida que teria como alvo um comboio das Nações Unidas que passava perto da escola.
As explosões feriram pelo menos 13 crianças e quatro funcionários, além de ter causado danos às instalações. Nas proximidades, outras oito pessoas morreram.
Camarões
Em Camarões, os ataques aconteceram um dia antes numa instituição no sudoeste do país deixando quatro alunos e um educador mortos. Várias pessoas ficaram feridas.
O coordenador humanitário no país, Matthias Naab, disse que os episódios são graves violações do direito internacional dos direitos humanos e do direito à educação. Ele pediu que os autores dos crimes sejam responsabilizados.
Segundo o Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária, Ocha, os ataques à educação aumentaram desde 2017.
A agência afirma que duas em cada três escolas nas regiões noroeste e sudoeste permanecem fechadas no país, privando 700 mil alunos de educação.