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Mais de 130 mortos em naufrágio na Líbia apesar de pedido de SOS BR

Somente este ano, mais de 630 pessoas morreram afogadas na parte central do Mediterrâneo fazendo a perigosa jornada para chegar à Europa
OIM/Hussein Ben Mosa
Somente este ano, mais de 630 pessoas morreram afogadas na parte central do Mediterrâneo fazendo a perigosa jornada para chegar à Europa

Mais de 130 mortos em naufrágio na Líbia apesar de pedido de SOS

Migrantes e refugiados

Porta-voz da Organização Internacional para Migrações contou que vítimas passaram dois dias num bote de borracha antes de afundar no centro do Mediterrâneo.

Uma embarcação de resgate, Oceano Viking, confirmou a morte de pelo menos 130 pessoas num naufrágio perto da capital líbia, Trípoli.

O navio encontrou vários corpos boiando nas águas do Mediterrâneo central após as vítimas terem passado dois dias num bote de borracha à espera de socorro.

Migrantes em um centro de detenção na Líbia.
Mathieu Galtier/IRIN
Migrantes em um centro de detenção na Líbia.

Europa

A porta-voz da Organização Internacional para Migrações, Safa Msehli, contou que foram realizadas várias chamadas de SOS para centros de resgate marítimo na região com pedido de envio de embarcações de socorro. Mas nada foi feito.

Somente este ano, mais de 500 pessoas morreram afogadas na parte central do Mediterrâneo fazendo a perigosa jornada para chegar à Europa. O número é três vezes mais alto se comparado ao total do ano passado, no mesmo período.

A porta-voz da OIM lembrou que nos últimos três dias, pelo menos outros dois barcos transportando migrantes entraram nas mesmas águas. 

 Vista aérea de Trípoli, capital da Líbia.
ONU/Abel Kavanagh
Vista aérea de Trípoli, capital da Líbia.

Mãe e filho

O primeiro foi interceptado pela guarda costeira da Líbia e teve de retornar mais de 103 pessoas a bordo. Uma mulher e o filho foram encontrados sem vida na apreensão.

Uma terceira embarcação, que carregava 40 pessoas, e que estava no mar por três dias, continua desaparecida.

Segundo a OIM, mais de 16,7 mil pessoas cruzaram essa mesma rota desde o início deste ano.