Ministros africanos e FAO fazem reunião virtual para enfrentar covid-19
Reunião convocada pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura e União Africana debate impacto do novo coronavírus sobre segurança alimentar e nutrição.
Os ministros da Agricultura dos países-membros da União Africana realizam nesta quinta-feira uma reunião virtual sobre o impacto da covid-19 para o bloco regional.
Combate
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O evento é co-organizado pela FAO e pela União Africana e prioriza segurança alimentar. Os ministros afirmam que a situação é “profundamente preocupante” e que a doença já está afetando áreas como saúde, alimentação, segurança nutricional e as condições socioeconômicas no continente.
Uma outra preocupação dos ministros ê com a queda da demanda e produção das economias desenvolvidas, afetadas pela pandemia, e com a recessão global que atinge a África diretamente.
Comunidades
As medidas de isolamento social estão sendo duras paras as economias africanas com enormes perdas de produtividade e de comércio. Além disso, a covid-19 está chegando a um número crescente de comunidades do continente e as ações de combate devem ser complementadas por iniciativas que aliviem as interrupções sobre o sistema de agricultura e alimentação, assim como o apoio aos mais vulneráveis.
Para a União Africana, a crise da pandemia deverá causar um choque importante nas redes de fornecimento de bens e produtos. E como os setores de agricultura e alimentos é fortemente dependente da mão-de-obra na África, a ausência de trabalhadores deverá impactar todo o setor colocando em risco plantação e colheitas.
Fome
A declaração ministerial sugere que as populações mais pobres sofrerão mais com o impacto da pandemia e que os altos níveis de fome, pobreza e má nutrição serão agravados.
Eles citaram desastres naturais como ciclones, secas, a questão de conflitos e tensões que castigam os países africanos e afirmaram que a situação tende a piorar com a covid-19.
Para a União Africana, é hora de os governos priorizarem a saúde dos cidadãos e a segurança alimentar. E que as medidas para essas áreas devem levar em conta as diferentes realidades das economias africanas e continuarem com o compromisso de erradicar a fome do continente até 2025.