Exposição sobre arte recuperada destaca importância de patrimônio cultural BR

Esculturas de Palmira, pinturas renascentistas, ânforas antigas e um livro do período do Iluminismo foram recuperados por unidade especializada da polícia italiana; secretário-geral disse que iniciativa mostra poder da cooperação internacional.
Abriu esta terça-feira, na sede da ONU em Nova Iorque, a exposição “Tesouros Recuperados – A Arte de Salvar Arte”. As obras podem ser vistas até 17 de janeiro.
A iniciativa da Missão da Itália marca os 75 anos das Nações Unidas e inclui 15 obras-primas recuperadas por uma unidade especializada da polícia italiana.
A unidade do Comando Carabinieri para a Proteção do Patrimônio Cultural foi a primeira do gênero no mundo. Fundada em 1969, celebrou 50 anos no ano passado com a abertura desta mesma exposição em Roma.
As obras em exibição foram todas recuperadas pelos Carabinieri, incluindo uma escultura da cidade síria de Palmira, pinturas renascentistas, ânforas antigas e um manuscrito do século XV.
Durante a exibição de duas semanas, oficiais do Comando Carabinieri oferecerão visitas guiadas especialmente a estudantes.
Na abertura, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que a exposição “não inclui apenas obras de arte de valor inestimável, mas também mostra o poder da cooperação internacional.”
O chefe da ONU afirmou que “foi doloroso ver quanta herança cultural da humanidade se perdeu nos últimos anos, do Iraque à Síria, do Iêmen ao Mali e ao Afeganistão.”
Ele destacou uma série de desafios, como crise climática, conflito armado e terrorismo, mas disse que a resposta é mais cooperação internacional.
Guterres destacou ainda o trabalho da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, e a importância da Convenção sobre Tráfico Ilícito de Bens Culturais, que completa 50 anos em 2020.
Para terminar, ele agradeceu ao governo da Itália por compartilhar seu conhecimento e por “priorizar a herança e a cultura como ferramentas para a paz e o diálogo.”