Organizações humanitárias globais lançam campanha em solidariedade com povo sírio
No noroeste do país, 3 milhões de civis, entre eles um milhão de crianças, estão em perigo iminente e mortal; pessoas deslocadas duplicaram o tamanho da população em Idlib.
Onze chefes de organizações humanitárias lançam esta quinta-feira uma campanha mundial em solidariedade com os civis afetados pelo conflito no noroeste da Síria.
Segundo a ONU, 3 milhões de civis, entre eles um milhão de crianças, estão em perigo iminente e mortal pela escalada da violência na província de Idlib e áreas adjacentes.
Mensagem

Em um vídeo, os líderes humanitários afirmam que os civis enfrentam uma ameaça constante de violência e conflito armado e precisam desesperadamente de proteção.
Os representantes dizem que “muitos já morreram” e que “até mesmo as guerras têm leis”, condenando o impacto arrasador dos combates em hospitais, escolas e mercados.
O grupo, que inclui personalidades como a diretora executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, afirma que “Idlib está à beira de um pesadelo humanitário diferente de tudo que vimos neste século."
Por sua vez, o chefe humanitário da ONU, Mark Lowcock, diz que os "piores medos estão se materializando." Segundo ele, “mais uma vez, civis inocentes estão pagando o preço pelo fracasso político em parar a violência e fazer o que é exigido pela lei internacional, que é proteger todos os civis.”
Segundo Lowcok, para as mulheres, crianças e homens que vivem na região “isso pode ser uma sentença de morte.” A campanha “expressa solidariedade com as famílias sendo atacadas e conta a todos o que está acontecendo.”
Crise
Desde 2015, um enorme fluxo de pessoas deslocadas de outras partes da Síria duplicou o tamanho da população em Idlib. Pelo menos 330 mil pessoas foram deslocadas internamente na região durante os dois últimos meses de violência.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, já alertou sobre a violência há meses, mas ela não parou ou diminuiu a velocidade.
O vídeo da campanha será publicado no Twitter e em outras plataformas online. O público é incentivado a compartilhar para mostrar solidariedade e enfatizar que também são testemunhas do que está acontecendo.
Nas redes, podem ser usadas as hashtags #NotATarget e #TheWorldIsWatching.
Além de Henrietta Fore, do Unicef, e de Mark Lowcock, participam também os chefes da Save the Children, da Organização Mundial da Saúde, OMS, ou da Organização Internacional para a Migração, OIM.