ONU lembra perigo para proteger civis da violência em Dia Internacional dos Boinas-azuis BR

Lema deste ano é “Protegendo Civis, Protegendo a Paz”; Nações Unidas destacam que manutenção da paz provou claramente ser um sólido investimento em paz, segurança e prosperidade globais.
Esta quarta-feira, 29 de maio, marca o Dia Internacional dos Boinas-azuis. Segundo a ONU, a data “oferece uma oportunidade de homenagear a inestimável contribuição do pessoal uniformizado e civil para o trabalho da organização”.
A celebração também é “uma oportunidade de prestar tributo aos mais de 3,8 mil soldados de paz que perderam suas vidas servindo sob a bandeira das Nações Unidas desde 1948, incluindo 98 apenas no ano passado."
Com o lema “Protegendo Civis, Protegendo a Paz”, a data este ano marca o 20º aniversário de quando pela primeira vez o Conselho de Segurança determinou explicitamente uma missão de paz para proteger os civis, a Unamsil, em Serra Leoa.
De acordo com a ONU, nas últimas duas décadas, a proteção de civis tem estado cada vez mais no centro da manutenção da paz nas Nações Unidas.
Atualmente, mais de 90% das forças de manutenção da paz atuam em oito operações de paz, em Abyei e Darfur no Sudão, na República Centro-Africana, na República Democrática do Congo, no Haiti, no Líbano, no Mali e no Sudão do Sul, com mandatos de proteger civis.
Como a organização destaca, todos os dias, essas forças de paz se colocam em perigo para proteger as populações da violência.
Militares, policiais e militares da força de paz trabalham para proteger os civis de três maneiras principais. Através do diálogo e engajamento, através da prestação de proteção física e através do estabelecimento de ambientes de proteção.
A primeira missão de paz da ONU foi estabelecida em 29 de maio de 1948, quando o Conselho de Segurança autorizou o envio de uma pequena missão de observadores militares para o Oriente Médio para formar a que ficou conhecida como Organização das Nações Unidas para Supervisão de Tréguas, Untso, para monitorar o Acordo de Armistício entre Israel e seus vizinhos países árabes.
O secretário-geral, António Guterres, explicou que a data serve para homenagear os “mais de 1 milhão de homens e mulheres que serviram como forças de paz das Nações Unidas desde a primeira missão em 1948.”
A ONU aponta que homens e mulheres serviram em 72 operações de manutenção da paz da organização, impactando diretamente a vida de milhões de pessoas, protegendo os mais vulneráveis do mundo e salvando inúmeras vidas. Do Camboja a El Salvador, Libéria, Serra Leoa, Timor-Leste e outros lugares, a manutenção da paz das Nações Unidas ajudou os países a mudar da guerra para a paz.
A ONU tem 14 operações de manutenção da paz em quatro continentes. Elas envolvem mais de 88 mil militares e policiais de 124 Estados-membros e cerca de 13 mil funcionários civis e 1,3 mil voluntários.
Apesar do tamanho e amplitude de suas operações, o orçamento de manutenção da paz é menos de metade de 1% dos gastos militares globais. Para as Nações Unidas, a manutenção da paz provou claramente ser um sólido investimento em paz, segurança e prosperidade globais.