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Timor-Leste diz que respeito por herança cultural fortaleceu sistema democrático

O país tem um plano para promover as línguas indígenas nas escolas primárias
Unicef Timor-Leste/2018/Amin
O país tem um plano para promover as línguas indígenas nas escolas primárias

Timor-Leste diz que respeito por herança cultural fortaleceu sistema democrático

Direitos humanos

Diplomata do país discursou esta sexta-feira em evento da 40ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos em Genebra; representante destacou esforços para proteger as mais de 30 línguas locais faladas pelos timorenses.

Timor-Leste afirmou esta sexta-feira que “o respeito e promoção da herança cultural tem contribuído, sem dúvida alguma, para fortalecer o sistema democrático” do país.

O diplomata Francisco Dionísio Fernandes discursou num evento da 40ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos, em Genebra, dedicado ao tema da privacidade e direitos culturais.

Direitos

Jovem timorense lê o jornal
Jovem timorense lê o jornal, by ONU/Martine Perret

O representante lembrou o 70º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos e o artigo 27, que inclui o direito de todas as pessoas usufruírem de seus direitos culturais.

No pronunciamento, Dionísio Fernandes disse que a principal lei timorense afirma que o país “reconhece e valoriza as normas e costumes do país que não são contrarias à Constituição e qualquer legislação que reconhece e protege o valor cultural.”  

O diplomata explicou depois algumas iniciativas que o país tem desenvolvido para proteger essa diversidade cultural.

Fernandes disse que o sistema de administração local inclui os chefes de aldeia tradicionais, como forma de fortalecer a boa governação. Para cada cerimónia pública oficial, o governo também convida diferentes comunidades que contribuem para o evento com um número cultural.

Línguas indígenas

Como 2019 marca o Ano Internacional das Línguas Indígenas, o representante timorense destacou que o país tem mais de 30 idiomas locais.

Segundo ele, “o governo está comprometido em garantir que estas línguas não são uma barreira para os cidadãos exercerem seus direitos, mas sim um fator de coesão e riqueza.”

É por isso, afirmou, que o governo nacional iniciou uma campanha para promover as línguas indígenas nas escolas primárias.

Além disso, instalou um sistema móvel de tribunais que facilita a comunicação nesses idiomas e garante que as pessoas das zonas rurais têm acesso à justiça