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ONU analisa casos de desaparecimento forçado desde esta segunda BR

Grupo reportou mais de mil novos casos de desaparecimento forçado em 36 Estados. Foto: ONU/Martine Perret.

ONU analisa casos de desaparecimento forçado desde esta segunda

Timor-Leste na frente dos países de língua portuguesa com mais de 400 casos pendentes; lista inclui Angola, Brasil e Moçambique.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.

Especialistas das Nações Unidas que lidam com questões das pessoas desaparecidas à força analisam mais de 350 casos de 43 países a partir de segunda-feira em Genebra.

Durante a semana, o grupo de Trabalho da ONU sobre Desaparecimentos Forçados ou Involuntários deve encontrar-se com representantes de desaparecidos, da sociedade civil e das autoridades de diferentes países.

Situação

De acordo com as Nações Unidas, o objetivo das sessões é trocar informações sobre casos individuais e a situação geral.

Um relatório anual do grupo, a ser apresentado durante a sessão, destaca casos pendentes mencionando Timor-Leste com 482 processos. Dos países de língua portuguesa seguem-se Brasil com 13, Angola e Moçambique com dois cada um.

Em um ano, o grupo disse ter reportado 1.094 novos casos de desaparecimento forçado a 36 Estados. O Governo de Moçambique  recebeu uma carta sobre a questão.

Migração

Na  113ª sessão dos peritos, a análise vai incluir os desaparecimentos forçados ocorridos no contexto da migração e relatórios de vários países.

Em privado, os especialistas devem analisar alegações gerais recebidas sobre os obstáculos encontrados na implementação da Declaração da ONU sobre a Proteção de Todas as Pessoas contra o Desaparecimento Forçado.

As sessões decorrem na primeira semana do Conselho dos Direitos Humanos.

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