Perspectiva Global Reportagens Humanas

ONU diz que má gestão de eleição presidencial no Afeganistão seria “inaceitável”

Eleitores em Ayno Mena, no Afeganistão, votam nas eleições parlamentares a 27 de outubro de 2018.
Unama / Mujeeb Rahman
Eleitores em Ayno Mena, no Afeganistão, votam nas eleições parlamentares a 27 de outubro de 2018.

ONU diz que má gestão de eleição presidencial no Afeganistão seria “inaceitável”

Paz e segurança

Nova data do ato eleitoral foi anunciada para julho de 2019; Missão das Nações Unidas no país acredita que o voto é fundamental para o futuro da nação e que denúncias de irregularidades devem ser investigadas.

A Missão de Assistência da ONU no Afeganistão, Unama, saudou esta segunda-feira o anúncio das eleições presidenciais no país para julho de 2019.

Em nota, a Missão afirma que a nova data anunciada pela Comissão Eleitoral Independente, CEI, reflete a posição de vários atores políticos, organizações da sociedade civil e governo do Afeganistão, que pediram credibilidade e transparência.

Tempo

Representante especial adjunto da Missão da ONU no Afeganistão, Unama, Toby Lanzer.
Representante especial adjunto da Missão da ONU no Afeganistão, Unama, Toby Lanzer., by ONU Genebra/Daniel Johnson

As Nações Unidas defendem que a eleição presidencial “é fundamental para o futuro do Afeganistão” e que a “sua má gestão seria inaceitável.”

A Unama reconhece a avaliação da Comissão que constata a necessidade de ter mais tempo para aprender com as eleições parlamentares de 2018 e preparar de forma adequada a nova consulta popular.

Também pede que seja publicado o calendário eleitoral detalhado e que sejam dadas atualizações públicas regulares durante todo o processo.

Irregularidades

A Missão acredita que a Comissão de Reclamações Eleitorais, CRE, se concentre no seu papel de investigar e julgar as queixas que aconteceram durante as eleições parlamentares.

Para a Unama, “ninguém tem o direito de interromper o processo eleitoral e a estabilidade do país usando incitação ou ameaças.”

As Nações Unidas reconhecem que “houve irregularidades importantes e evitáveis ​​na preparação e implementação das eleições parlamentares”,  pede que agora se tomem “as medidas corretivas necessárias” e que se intensifique “nos próximos meses a conclusão de um pacote completo de reformas realistas e prioritárias.”

Essas reformas devem incluir a limpeza do registo dos eleitores e uma divisão clara de responsabilidades entre a Comissão Eleitoral Independente e a Secretaria da CEI.

Apoio

Em nota, a ONU afirma que continuará “a coordenar a assistência da comunidade internacional para apoiar as instituições eleitorais afegãs na condução de eleições confiáveis, transparentes e aceitáveis.”

Para as Nações Unidas, “todas as partes interessadas são responsáveis ​​pela credibilidade e legitimidade do processo eleitoral.”

Inscreva-se aqui para receber notícias da ONU News por email