ONU apela à transparência das eleições no Afeganistão
Novas medidas foram introduzidas para combater fraude eleitoral; Nações Unidas pedem aos cidadãos que reportem irregularidades; representante especial da ONU pede que não sejam toleradas fraudes.
O representante especial do secretário-geral da ONU para o Afeganistão, Tadamichi Yamamoto, apelou a todos os afegãos que desempenhem “um papel ativo, informado e construtivo na erradicação da fraude” durante a votação que terá lugar este fim de semana.
Os afegãos vão às urnas no sábado para votar um novo Parlamento e o enviado sublinha que os cidadãos “merecem eleições que sejam inclusivas, confiáveis, transparentes e livres de qualquer atividade que possa manchar os resultados.”
Medidas
A Missão da ONU no Afeganistão, Unama, destaca a importância da realização de eleições livres e encoraja “qualquer pessoa que suspeitar de fraude a apresentar queixa junto das autoridades afegãs”.
Em comunicado, a Unama reconhece o esforço das autoridades eleitorais do país na implementação de inúmeras medidas antifraude.
De acordo com a missão, a ação mais importante adotada é a obrigatoriedade de votar numa única estação de voto, onde os cidadãos têm de estar registados.
A implementação de um sistema biométrico de verificação de eleitores também deverá contribuir para combater e identificar fraudes.
Candidatos
Por outro lado, a Unama lembra que os candidatos nestas eleições têm também como responsabilidade principal garantir que os seus apoiantes não cometem fraudes em seu nome.
O representante da ONU considera ainda que a fraude é inaceitável porque “significa roubar o voto de um cidadão afegão e reforça que “a fraude não é do interesse dos candidatos; eles serão associados a roubar votos e terão a credibilidade do seu apoio minado, então os defensores devem ser claramente advertidos contra isso pelos próprios candidatos. Nenhum afegão deveria tolerar fraudes.”
Denúncia
A ONU apelou, por isso, a todos os afegãos que suspeitem ou testemunhem algum ato fraudulento, que apresentem queixa às autoridades relevantes, nomeadamente à Comissão de Reclamações Eleitorais, ECC.
A missão adianta ainda que a presença de 400 mil observadores, agentes dos candidatos e dos partidos políticos nos centros de votação é crucial para assegurar a transparência das eleições.
A operação de paz pede às organizações observadoras, aos partidos políticos e às equipas de campanha para desempenhar um papel ativo, informado e construtivo na salvaguarda da integridade do processo eleitoral.