70 anos das operações de paz: lusófonos fazem parte da história

Um dos destaques do ano foi a celebração do 70º aniversário da criação das missões de manutenção de paz das Nações Unidas. Em 2018, a ONU News publicou matérias sobre essa comemoração que aconteceu no fim de setembro. Seu grande impacto nas audiências faz com que este tema seja um dos escolhidos entre as coberturas que estão sendo relembradas até o final do ano.
Os lusófonos Brasil, Cabo Verde, Portugal estão entre os 123 países que contribuem com tropas. No total são 110 mil soldados de paz atualmente presentes em 14 países e regiões do mundo.
Missões de paz em Angola, Moçambique e Timor-Leste tiveram impacto na história de estabilização da ONU que já dura sete décadas.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, prestou homenagem aos soldados da paz no evento de alto-nível “Ação Para a Manutenção da Paz”. A inciativa foi lançada pelo representante em março para reformar as missões de paz.
Guterres lembrou que desde que tomou posse, o número de mortos tem sido “tragicamente alto” e pediu que fossem avaliadas as condições de trabalho no terreno.
De acordo com a ONU, os soldados de paz enfrentam conflitos muito complexos: múltiplos adversários, bloqueio de processos políticos, terrorismo e crime organizado transnacional.
A “Ação para a Manutenção da Paz” pretende lidar com o problema em três eixos, explica Guterres com “expetativas mais realistas, missões mais fortes e seguras; maior apoio para soluções políticas e garantir melhor formação e equipamento.”
O secretário-geral congratula-se com o facto de 146 governos, incluindo muitos Estados anfitriões de operações, passadas e presentes, tenham adotado a Declaração de Compromissos Compartilhados das Nações Unidas sobre Operações de Manutenção da Paz.
Conheça um pouco melhor o trabalho de manutenção das Nações Unidas com este vídeo comemorativo.
Guterres destaca ainda o empenho de “fortalecer o papel das mulheres na manutenção da paz” e acelerar a resposta da ONU aos alegados casos de exploração e abuso sexual, proporcionando “um maior apoio às vítimas e a ser mais eficaz na busca de justiça.”
O secretário-geral fez um retrato destes 70 anos de missões de paz da ONU. Lembrou a importância das missões de Timor-Leste, do Cambodja, de Angola, da Croácia e da Serra Leoa e o papel fundamental das missões da Cote dIvoire, ou Costa do Marfim, e na Libéria terminadas muito recentemente.
Guterres terminou a sua intervenção com um apelo: “proteger os civis é um dever essencial das Nações Unidas” e que não se deve esquecer as consequências dos falhanços para garantir que as missões conseguem ser mais eficazes no futuro.