Após novos ataques, Guterres reitera compromisso da ONU em proteger civis centro-africanos

Ataques que aconteceram durante a semana provocaram pelo menos 38 mortos; secretário-geral pede investigação das autoridades centro-africanas e que autores dos atos sejam julgados.
Na sequência do aumento na violência na República Centro-Africana, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, expressou solidariedade ao país.
Em nota, emitida pelo seu porta-voz, o chefe da ONU adverte que ataques contra civis indefesos e soldados de paz podem ser considerados crimes de guerra.
Na quinta-feira, um acampamento de deslocados foi atacado na cidade de Alindao, a cerca de 300 km a leste da capital, Bangui. Pelo menos 37 pessoas morreram no ato que foi atribuído ao grupo armado União para a Paz na República Centro-Africana, UPC.
Já na sexta-feira, perdeu a vida um soldado de paz da base da Missão da ONU no país, Minusca, na cidade de Gbambia, no sudoeste. A suspeita é que a ação tenha sido conduzida pelo grupo armado Siriri, quando as tropas de paz protegiam civis. Um militar tanzaniano ferido no ataque acabou perdendo a vida.
O secretário-geral expressa solidariedade às famílias das vítimas, ao governo da Tanzânia, e também ao governo e ao povo da República Centro-Africana.
O chefe da ONU pediu às autoridades centro-africanas que investiguem esses atos e levem os responsáveis à justiça.
Guterres reitera que a Minusca está determinada em proteger os civis e a contribuir para a estabilização do paz no país que desde 2012 é afetado pela violência entre milícias anti-Balaka, de maioria cristã, e rebeldes Séléka, de maioria muçulmana.