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Reforços da ONU a caminho de Bangui após morte de capacete azul

Foto: Minusca
Capacete azul foi morto na região de Bangui.

Reforços da ONU a caminho de Bangui após morte de capacete azul

Tropas das Nações Unidas foram atacadas esta terça-feira a 400 quilómetros da principal cidade centro-africana; operação de paz fala de nova estratégia em relação à capital do país.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A Missão das Nações Unidas na República Centro-Africana, Minusca, anunciou esta quarta-feira que vai reforçar a segurança na área de Batangafo, a 400 quilómetros ao norte da capital Bangui, após a morte de um soldado de paz.

A declaração foi feita na sequência do assassinato do capacete azul de nacionalidade camaronesa. O ato foi levado a cabo na terça-feira por elementos da antiga força rebelde Séléka. O grupo atacou as tropas das Nações Unidas num posto situado na área.

Chegada de Reforços

Em declarações à Rádio ONU, o porta-voz da Minusca, Vladimir Monteiro, disse que a operação de paz aguarda a chegada de reforços nos próximos dias.

"Nos últimos tempos tempos houve um apelo do Conselho de Segurança aos Estados-membros para que aumentem as contribuições e isto está a acontecer. Há novos elementos que deverão chegar em breve. Adotou-se  também uma nova estratégia em relação a Bangui. É um comando que coordena as operações da polícia e do exército justamente para tentar fazer face ao aumento da insegurança e da violência dos grupos armados aqui na República Centro-Africana."

Ação Rápida

A morte do soldado de paz foi condenada "nos termos mais fortes" pelo secretário-geral das Nações Unidas.  Momentos após o crime, Ban Ki-moon apelou a uma ação rápida para levar os responsáveis à justiça.

O chefe da ONU deplorou com veemência o conflito centro-africano e reiterou o seu pedido a todos os grupos armados para que deponham as armas e se abstenham da violência.

Eleições

O comunicado ressalta a importância da criação de um ambiente propício à realização de eleições, conforme o calendário anunciado pela Autoridade Nacional de Eleições.

Ban sublinha a necessidade de se concluir a transição do país e de se garantir a paz e a estabilidade sustentáveis. O comunicado reitera que a Minusca vai tomar todas as medidas necessárias de acordo com o seu mandato para proteger os civis e promover a estabilidade.

Presidenciais e Legislativas

O referendo constitucional centro-africano está marcado para 13 de dezembro. A consulta será seguida pela primeira volta das eleições presidenciais e legislativas a 27 de dezembro. A segunda volta está prevista para 31 de janeiro de 2016.

A Minusca detém uma força de 11 mil homens e foi enviada ao país após o colapso da autoridade do Estado e combates principalmente entre o grupo muçulmano Séléka e o movimento

de maioria cristã.

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